O Governo Federal efetuou um novo bloqueio de R$ 2,6 bilhões sobre as emendas de relator, utilizadas como moeda de troca em negociações políticas. Agora, o total de emendas de relator congeladas chega a R$ 6,8 bilhões. Essa trava irritou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que vem pressionando o Ministério da Economia por um desbloqueio.
Com a trava, Lira ficou sem emendas a quatro meses da disputa pelo comando da Casa. A Câmara deverá pedir para que o governo encontre gastos que podem ser adiados nos ministérios, permitindo que o dinheiro das emendas seja novamente liberado. A eleição para a presidência da Câmara deve ocorrer em fevereiro de 2023.
As emendas de relator somam R$ 16,5 bilhões no Orçamento de 2022, mas apenas R$ 7,7 bilhões estão livres de bloqueio. Desse valor, só R$ 900 milhões estão efetivamente disponíveis, sendo uma verba que já estava comprometida por tratativas feitas antes da eleição.
Em 22 de setembro, o Ministério da Economia já havia anunciado que precisaria refazer parte do bloqueio (R$ 2,6 bilhões) por causa do crescimento significativo das despesas com a Previdência.
Emendas de relator
As emendas de relator são distribuídas por critérios políticos e permitem a congressistas mais influentes bancarem projetos e obras em seus redutos eleitorais.
A divisão das emendas de relator é feita em acordos entre Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), líderes partidários e o relator do Orçamento, deputado Hugo Leal (PSD-RJ). Jornal da Chapada com informações de Folhapress.