O presidente Jair Bolsonaro (PL), durante live na noite desta quarta-feira (5), não negou que esteve em loja de maçonaria diante da repercussão de vídeos que vieram à tona esta semana.
A maçonaria, organização secular que está presente em todo o mundo, é repudiada por cristãos, principalmente evangélicos, que a associam a demônios e ocultismo. O fato de Bolsonaro ter relação com maçons fez a campanha do presidente entrar em parafuso, já que boa parte de seu eleitorado é composto por evangélicos, que se assustaram com as imagens.
Além de não negar que esteve em sessão de maçonaria, Bolsonaro afirmou que não tem “nada contra” a organização, ao contrário de seus apoiadores cristãos.
“Pessoal me criticando porque fui a uma loja maçônica em 2017. Fui sim, fui em loja maçônica, acho que foi a única vez que eu fui numa loja maçônica. Eu era candidato a presidente, pouca gente sabia, e um colega falou: ‘Vamos lá’, e eu fui. Acho que foi aqui em Brasília… Fui muito bem recebido. Me trataram bem (…) O que tenho contra maçom? Tenho nada. Se tiver alguma coisa, a gente vê como proceder”, declarou o presidente.
Bolsonaristas assustados
Vídeos e imagens que circulam nas redes sociais e grupos de aplicativos que mostram Jair Bolsonaro (PL) em sessão da maçonaria têm assustado e provocado uma debandada de eleitores evangélicos da tentativa de reeleição do presidente.
Em vídeo na maçonaria antes de ser eleito em 2018, Bolsonaro discursa dizendo que “não é candidato a nada”, mas lista uma série de propostas, entre elas “que nós precisamos de um presidente que não nos atrapalhe”. “Este é o grande problema da nação”, afirma.
O vídeo foi divulgado nas redes pelo perfil identificado como Viviane Loiseau, que se classifica no Twitter como “mãe, cristã, bolsonarista arrependida”.
“Estou me sentindo traída. Defendi BOLSONARO do indefensável. Estive sempre ao lado do PRESIDENTE. E agora descubro laços dele com a maçonaria. Lamentável. Infelizmente, votarei no nove dedos neste segundo turno”, afirma.
Não fica claro em que loja maçônica é realizada a cerimônia, mas o fato é que a reaparição do vídeo fez gerar uma forte onda de protesto entra seus eleitores evangélicos mais radicais.
Por conta disso, o termo “maçonaria” foi parar no topo dos assuntos mais buscados e mencionados de diferentes mecanismos e plataformas da internet nesta terça-feira (5). No Google Trends, por exemplo, o termo estava em primeiro lugar às 17h.
No Twitter, 15 minutos antes, “Maçonaria” também era a palavra mais usada pelos internautas em suas postagens, ocupando o topo do chamado Trending Topics (TT’s). Com informações da Revista Fórum.