O governador Rui Costa (PT), de grande influência para a expressiva votação de Jerônimo Rodrigues (PT) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno nas urnas, se tornou alvo dos seus adversários.
Na semana passada, circulou em Brasília um dossiê com fotos, documentos e insinuações de que Rui não teria como justificar a origem de recursos envolvendo uma transação imobiliária. Em maio deste ano, ele comprou um apartamento por R$2,5 milhões. Destes, R$2,1 foram pagos à vista e o restante foi financiado em 180 meses.
O apartamento do Edifício Mansão Bahiano de Tênis, na Graça, contudo, poderia valer muito mais do que o valor pago. Segundo um corretor, uma proprietária informou que o apartamento mais caro do condomínio vale R$ 16 milhões. Já uma unidade comum, como a adquirida pelo governador, custa em média R$ 4 milhões, fazendo com que Rui tenha adquirido um desconto de quase 50%.
O empreendimento é pertencente ao grupo Moura Dubeux, que teve a autorização de erguer um prédio de 21 andares pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), após o órgão ter negado a autorização para o empreendimento. O pedido veio ser aceito cinco meses antes de Rui adquirir o apartamento.
As coincidências, embora sem provas objetivas de irregularidades, estão sendo repercutidas por adversários políticos. O candidato ao Governo da Bahia, ACM Neto (UB), deve utilizar este caso na sua campanha para desgastar a imagem do governador e de Jerônimo. Jornal da Chapada com informações de texto base de Revista Veja.