A própria campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) admite: o debate da Globo na noite desta sexta-feira (28), é a última oportunidade para ele tentar virar o jogo.
Após uma semana muito ruim, marcada pelos tiros e granadas do ex-deputado e aliado bolsonarista Roberto Jefferson ferindo agentes da Polícia Federal (PF) e a falácia da suspeita de fraudes dos spots nas rádios do Nordeste, Bolsonaro tem o debate como seu último suspiro.
A tarefa, no entanto, não é nada fácil. Um integrante o núcleo duro da campanha do presidente resumiu tudo para a coluna de Malu Gaspar, no Globo: “o debate é mais importante pelo perigo de erros que de acertos”.
Indexação do salário
Como se não bastasse, além de não ter mais nenhum trunfo nas mãos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro ainda terá que explicar, entre outras coisas, os projetos de Paulo Guedes revelados pela Folha. O ministro da Economia do governo revelou sua intenção de desindexar o reajuste do salário mínimo e da aposentadoria da inflação, fato que ainda não foi totalmente explorado.
Lula deverá manter o problema do salário mínimo no centro do debate. Guedes já tentou desmentir várias vezes, afirmando que tudo não passava de apenas um projeto, mas não conseguiu convencer ninguém.
Corrupção
Bolsonaro, por sua vez, deve concentrar seus ataques nos problemas de corrupção que envolveram os governos petistas.
Lula tem se preparado para responder esta e outras perguntas há três dias. Aliados de Lula garantem que ele está treinando uma resposta mais incisiva e firme. O ex-presidente está fechado em um estúdio com a preparadora de elenco Olga Curado.
Ele quer evitar os erros do debate da Band: administrar bem o tempo de fala e não deixar que Bolsonaro fale sozinho por longos minutos, como ocorreu no último confronto público entre os dois. Redação da Revista Fórum com informações a coluna de Malu Gaspar.