A aprovação pela Câmara dos Deputados na quarta-feira (23) de projeto proibindo que a Bíblia sofra alterações ou edições levantou preocupações de interferência do Estado nas religiões.
“Não é papel do Estado ser guardião do texto da Bíblia”, diz o advogado Kildare Araújo Meira. Votado de afogadilho, o texto, de autoria do deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), é defendido pela bancada evangélica e segue agora para o Senado.
Para Meira, sócio da Covac Sociedade de Advogados, as atualizações nos textos sagrados são movimentos naturais das Igrejas.
“Como o Estado vai dizer o que pode ou não ser atualizado? Esse projeto depõe contra a liberdade religiosa”, afirma. As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.