Presidente do PSD na Bahia, o senador Otto Alencar afirmou que o espaço do partido na Esplanada dos Ministérios do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será definido nos próximos dias. Ele admitiu que se for convocado para integrar o governo, como uma missão, aceitaria, mas ressaltou que tem preferência por continuar no Senado. Otto também garantiu não ter nada contra a possibilidade de o deputado federal Elmar Nascimento (União), adversário político na Bahia, compor o primeiro escalão de Lula.
“Tenho conduzido, ao lado do deputado federal Antonio Brito (PSD), por determinação do nosso presidente nacional (Gilberto Kassab), essas conversas (sobre espaços no governo). Ainda teremos um outro diálogo com o presidente, que não nos chamou ainda para tratar de nomes. Na primeira reunião que tivemos, ele (Lula) disse que contemplaria o nosso partido”, afirmou o senador ao Política Livre.
O PSD pretende indicar dois nomes, um pela bancada do Senado e outro pelos parlamentares da sigla na Câmara. Otto, que participou nesta segunda-feira (12) da solenidade de diplomação de Lula, em Brasília, disse que um dos nomes pode ser da Bahia, embora isso não esteja definido, assegurou. “A Bahia vai ter o espaço dela. Já temos o governador Rui Costa (PT) na Casa Civil. Sobre outro nome do estado, e se pode ser do PSD, ainda precisamos ter a outra conversa com o presidente”.
Sobre a possibilidade de ser ministro, Otto declarou que nunca se colocou nessa condição. “Não é vontade minha e nunca fui chamado para conversar sobre esse assunto. Não pensei nisso, não. Não tenho essa pretensão. Mas, como digo sempre: tem alguém acima de nós, que é o presidente. Se ele me der uma missão que eu possa desempenhar bem, eu vou aceitar. Faço parte de um grupo”, salientou o senador, que já foi cotado para a pasta da Saúde, ministério que deve ser preenchido por indicação do PT.
Em relação à possibilidade de o União Brasil, que também reivindica dois ministérios, apresentar o nome de Elmar para uma das pastas e ter indicação aceita, Otto Alencar afirmou que não veria problemas – o PT da Bahia, por meio de parlamentares, tem criticado abertamente a possibilidade, que é concreta. “Não tenho nenhuma dificuldade ou preconceito. Não vejo problemas se o presidente achar que é bom para a sustentação política do governo dele”. Com informações do Política Livre.