Administrador Paroquial da paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, em Terezópolis, no interior de Goiás, o padre Genésio Lamunier Ramos, que protagonizou uma das aparições de Jair Bolsonaro (PL) a apoiadores no Palácio da Alvorada, gravou um vídeo, que está sendo propagado em grupos de aplicativos. Ele convoca novos atos golpistas para os próximos dias mesmo após o cenário de guerra provocado pelos apoiadores de presidente, que tentaram invadir a sede da Polícia Federal e queimaram ônibus e carros na noite da última segunda-feira (12).
“Conclamamos todos para o próximo fim de semana – domingo, dia 18, segunda-feira, dia 19 – vamos dar forças às Forças Armadas. Vamos lotar Brasília. Vamos repetir o 7 de Setembro”, diz o padre, que pedem aos golpistas que “repliquem o vídeo”. Em outro vídeo, propagado nas redes sociais, Genésio diz que prefere a morte à ter que viver no Brasil sob o governo Lula.
Padre Genésio, que esteve com Bolsonaro, incita novos atos golpistas pic.twitter.com/ZTUbG6yPvV
— Revista Fórum (@revistaforum) December 14, 2022
“Se eu, padre, tiver que pedir bênção a um bandido para viver em meu país, prefiro a morte”, afirmou. Em seguida, manifestantes concordaram e disseram “eu também”. “Se eu tiver que pedir bênção para bandido, traficante, criminosos, eu vou ter que sair do país? Não. Que saiam eles”, incitou ele nesta terça-feira (13), um dia após orar ao lado de Bolsonaro.
“Curado do PT”
Nascido em Itumbiara, também em Goiás, em janeiro de 1974, Genésio Lamunier Ramos foi ordenado em 2005 após atuar como diácono cooperador, uma espécie de estágio antes de ser padre.
No entanto, ele ficou conhecido em outubro de 2020, quando disse em sermão que foi “curado do petismo” e iniciou a pregação com teorias da conspiração sobre a esquerda e o comunismo.
Parabéns padre! "Se eu tiver que pedir benção pra bandido, eu prefiro morrer". A nossa meta é prender bandidos!!👏👏 pic.twitter.com/OzPseXPdgU
— Biroliro (@birolir30918180) December 13, 2022
Em outubro deste ano, circulou nas redes sociais um áudio em que o padre Genésio defendia a excomunhão e desaprovação de Deus dos eleitores de Lula.
“Aquela pessoa que colaborou (com o pecado) é responsável por cada um deles. E quando chegar no tribunal de Deus vai falar ‘nunca matei e nem roubei’. Matou e roubou sim, matou crianças muito pequenas. Roubou sim, ajudou o seu país a ser assaltado. Você é responsável”, disse.
Ramos foi abraço pelos extremistas conservadores que apoiam Jair Bolsonaro. Mais recentemente, o religioso encampou o discurso de fraude nas unas eletrônicas e tem incitado o golpe no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. As informações são da Revista Fórum.