A boca de lobo é utilizada para evitar problemas como alagamentos. O equipamento é colocado no meio fio e serve para a água ser drenada até a rede de escoamento. Porém, a água de chuva carrega lixos e resíduos da rua, o que acaba congestionando o bueiro com sujeiras. Após refletir sobre o problema, as alunas do Centro Territorial de Educação Profissional da Região Metropolitana, Adna Rodrigues, Beatriz Lima, Camila de Jesus, Fabiana Gomes, Larissa Dantas e Thamires Cerqueira, orientadas por Edi Araújo, desenvolveram o projeto Boca de Lobo Ecológica.
Dentro do bueiro é colocada uma tela que segura o lixo que adentra, enquanto um sensor preso na parte superior consegue identificar o nível em porcentagem do entulho na tela. Apesar dessa tecnologia, diversos resíduos não são detectados por esse primeiro sensor. “Criamos um algoritmo utilizando uma dupla de sensores na parte inferior – sensor de vazão e sensor de nível de água – e apenas um sensor de nível de água na parte superior. Então, se a água não conseguir passar adequadamente pela tela por conta de algum impedimento, isso será identificado”, diz Larissa Dantas.
As estudantes explicam que o sistema de sensores atua em conjunto para identificar onde está ocorrendo o problema na Boca de Lobo e isso torna a ferramenta diferente das existentes no mercado. “Apresentamos um diferencial por todo o conjunto dos elementos, pois são diversos sensores. Eles detectam o nível de água junto com o sensor de vazão e, ao mesmo tempo, um outro sensor faz a detecção do lixo. Isso é algo inédito e que tem potencial para crescer bastante”.
O projeto, que está em andamento, faz parte do Programa Ciência na Escola, da Secretaria de Educação e foi vencedor na categoria Ciências Exatas e Engenharia da 10ª Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA). Além disso, a equipe é semifinalista na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE). “Estamos testando novos sensores, testando novas programações e temos o objetivo de criar um aplicativo. Temos a intenção de disponibilizar a tecnologia no mercado, mas precisamos de investidores”, afirma Adna sobre o futuro do projeto.
Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail [email protected]. Com informações de assessoria.