No dia 30 de dezembro de 2022, antevéspera da posse do presidente Lula (PT) e pouco antes de fugir para os EUA, Jair Bolsonaro fez uma última live. De forma confusa, gaguejando e sem os arroubos autoritários de costume, o ex-presidente abaixou o tom, procurou condenar os atos terroristas de seus apoiadores e, ao final, chorou – indignando bolsonaristas que esperavam um golpe.
A postura do ex-mandatário neste dia pode ser explicada por um fato revelado nesta quarta-feira (4) por Guilherme Amado, do portal Metrópoles. Segundo o jornalista, Bolsonaro havia se reunido, poucos dias antes, com o ex-ministro das Comunicações, Fábio Faria, e com o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em um jantar. No encontro, o ex-presidente teve crises de choro.
Durante o jantar, Bolsonaro teria pedido ao ministro do STF para não ser preso e que não houvesse perseguição contra os seus filhos. Toffoli e Faria, então, teriam aconselhado o ex-mandatário a sair do país e desestimular os atos de violência de seus apoiadores.
Os conselhos, aparentemente, foram seguidos por Bolsonaro. Ele viajou aos EUA no dia 30 de dezembro e não tem mais feito aparições públicas para inflamar o ódio de seus seguidores contra o novo governo. Nas redes sociais, entretanto, o ex-presidente ainda mantém o status de “presidente” em seus perfis e vem publicando realizações de seu governo, como se ele ainda não tivesse terminado. Com informações da Revista Fórum.