A onda de protestos que acontece no Peru desde a tentativa de autogolpe e prisão do ex-presidente Pedro Castillo, em 7 de dezembro, aparenta ter chegado a uma nova fase, com a intensificação do que vem sendo chamado de “Tomada de Lima”. As manifestações ficaram mais fortes na madrugada entre a última quinta-feira (19) e esta sexta-feira (20). Uma multidão entrou em confronto violento com a polícia em ato pela renúncia da atual mandatária Dina Boluarte e pela convocação de novas eleições.
Houve tentativa de tomada de aeroportos nas cidades de Cusco, Juliaca e Arequipa. Além disso, um edifício na área central de Lima foi incendiado Mais de 24 mil estabelecimentos de saúde acionaram o “alerta vermelho” para receberem os feridos durante os protestos. Na cidade, 38 pessoas estão feridas. Em outras partes do país, já se somam mais de mil feridos e 52 mortos.
Durante um discurso televisionado nesta madrugada, Boluarte afirmou que a polícia tinha os protestos sob controle e que os responsáveis pelos atos não ficariam “impunes”, acrescentando que “esta não é uma marcha pacífica”. Ela declarou que o “governo está firme e seu gabinete está mais unido do que nunca”.
A presidente também disse que os protestos “não tinham agenda social”, mas buscavam “quebrar o estado de direito, gerar caos e desordem e tomar o poder”. Ela acrescentou que ataques a três aeroportos regionais foram planejados com antecedência e serão punidos com “todo o rigor da lei”. Com informações do Metro1.