O gerente da casa noturna Sutton, em Barcelona, declarou em depoimento à Justiça espanhola que o jogador Daniel Alves, diferentemente do que se acreditava até agora, não saiu imediatamente do estabelecimento após o suposto estupro de uma jovem de 23 anos, que teria ocorrido na madrugada do dia 31 de dezembro do ano passado. Robert Massanet contou que o brasileiro passou por ele, por seguranças da balada e pela mulher, aos prantos e sendo consolada, ainda dentro da boate, indo em direção à porta de saída.
“Não tive conforto. Mas perguntei a ela: ‘O que aconteceu com você? Diga-me o que aconteceu com você! Você tem que se acalmar’”, relatou Massanet, explicando que nesse momento Alves passou pelo corredor onde ocorria a cena e viu tudo, seguindo em frente para ir embora.
Ainda segundo o gerente, a partir daí a moça foi levada a uma sala privada da Sutton e foram acionados todos os protocolos impostos por lei para casos de abuso sexual e estupro ocorrido em casa de diversão noturnas, o que inclui acionar a polícia imediatamente, explicar a natureza da ocorrência e preservar os locais onde um suposto crime possa ter ocorrido, assim como impedir a vítima de se lavar ou de, sem querer, eliminar provas que possam ser levadas ao Judiciário posteriormente.
Câmera de policial gravou jovem desesperada
O jogador Daniel Alves, que foi ídolo no Barcelona e disputou três Copas do Mundo pela seleção brasileira, está num momento crucial de sua vida. Preso numa penitenciária espanhola, nos arredores da capital catalã, e sendo acusado de estupro por uma jovem de 23 anos, crime que segundo a vítima teria ocorrido num banheiro de uma área exclusiva da boate Sutton Club, o lateral tem acumulado indícios que corroboram a acusação feita pela mulher que o acusa, mas uma delas, especialmente, deve complicar de vez a situação atleta que marcou época na equipe blaugrana.
Segundo o jornal El Periodico de Catalunya, com sede em Barcelona e um dos mais importantes da Espanha, quando os agentes dos Mossos d’Esquadra (a polícia autônoma catalã) chegaram à casa noturna para atender a ocorrência, poucos minutos depois do suposto crime, já que os funcionários do local acionaram rígidos protocolos para comunicação de delitos sexuais às autoridades, um dos policiais estava com uma câmera presa ao uniforme e o equipamento estava ligado, gravando tudo.
Os repórteres da publicação tiveram acesso ao vídeo, embora ele siga em sigilo e sem divulgação, e relatam que as imagens mostram a chegada do agente, que vai falar diretamente com a jovem vítima. A mulher aparece desesperada, aos prantos, dizendo repetidamente aos Mossos d’Esquadra que está “envergonhada” e que “não deveria ter aceitado, com as amigas, o convite para ir ao camarote” ocupado pelo jogador brasileiro. Uma das jovens que a acompanhava disse à polícia, anteriormente, que Alves também teria a assediado, colocando a mão em suas partes íntimas. Com informações da Revista Fórum.