A investigação sobre o caso de Daniel Alves, preso acusado de agressão sexual por uma mulher de 23 anos, em uma boate em Barcelona, na Espanha, está a cargo da Unidade Central de Agressões Sexuais, que integra a Mossos D´Esquadra, a Polícia da Catalunha. A Unidade é comandada pela sargento Kira Estrada e 70% da equipe é composta por mulheres.
Criada em março de 2020, a corporação surgiu porque, na época, a polícia catalã tinha registrado aumento de 50% nas denúncias por agressão e abuso sexual entre 2015 e 2019. A equipe tem como objetivo melhorar prevenção, atenção à vítima, qualidade da investigação e geração de inteligência policial para prospectar criminosos sexuais reincidentes.
Antes da bombástica história envolvendo Daniel Alves, a Unidade resolveu dois grandes casos: um sobre um estuprador em série, que fez nove vítimas, e outro a respeito de uma jovem menor de idade, violentada na saída de uma boate, de acordo com o UOL.
A Unidade Central de Agressões Sexuais também é responsável por colocar em prática o protocolo “No callem” (Não calem), criado em 2018 para combater agressões sexuais e outros atos de violência machista em espaços de lazer.
Uma das atribuições do protocolo é em relação à atenção prioritária à vítima. Sempre que ocorrer uma agressão sexual, a pessoa atingida deve ser atendida de maneira adequada e individualizada. A vítima deve ser informada, de forma clara, a respeito de sua situação e futuras consequências, para que possa tomar decisões livre e tranquilamente.
Direitos da vítima são resguardados
O protocolo catalão também aponta a necessidade de se resguardar o direito da vítima de denunciar ou não o agressor.
No caso da mulher, que acusa Daniel Alves de agressão sexual, segundo relato da Polícia da Catalunha, os agentes “receberam o aviso da ocorrência, foram ao local, atenderam a vítima e a levaram ao serviço médico de emergência”.
Nos dias posteriores, a vítima prestou depoimento e foi acompanhada, a todo momento, psicológica e juridicamente.
Jogador pede restrição de visitas na prisão
Daniel Alves pretende diminuir a pressão da mídia a respeito do seu caso. Segundo o jornal espanhol El Mundo, o jogador pediu restrição do número de visitas.
O atleta, ainda conforme o jornal, quer se concentrar na preparação de uma linha de defesa que o tire da prisão o mais rápido possível. Por isso, ele quer receber apenas visitas de seus advogados e familiares mais próximos. Redação da Revista Fórum.