Preso na noite de segunda-feira (27) por policiais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no Aeroporto Internacional de Lisboa, o brasileiro Begoleã Fernandes teria enviado um áudio a um amigo em que relata que assassinou Alan Lopes porque acreditava que o também brasileiro era canibal e planejava comê-lo.
Natural da cidade de Matipó, em Minas Gerais, Fernandes foi preso após os agentes desconfiarem de que seu passaporte era falsificado. Ao abrirem a bagagem do brasileiro, os policiais encontraram pacotes de carne humana. Segundo informações da família de Alan Lopes ao jornal O Globo, Fernandes teria enviado o áudio a um outro brasileiro pedindo dinheiro para deixar a Europa e retornar a Belo Horizonte.
O crime ocorreu em Amsterdã, na Holanda, onde ambos viviam. No áudio, ele diz ter sido convidado para um churrasco na casa de Alan, que trabalhava em um açougue. Fernandes diz que levou uma faca e teria agido em legítima defesa. As mensagens foram entregues à polícia holandesa.
“Está confuso para todos nós essa história de canibalismo. Ainda mais vindo do meu irmão, não tem lógica”, disse Kamila dos Anjos Lopes, irmã de Alan, ao jornal. Kamila ainda afirmou que Fernandes devia dinheiro ao irmão. Ao ser preso pelos policiais portugueses, ele teria afirmado que Lopes tentou cobrar a dívida antes de acusar o colega de canibalismo.
“Em outro áudio, ele fala que meu irmão matava as pessoas e levava para o açougue, onde meu irmão trabalhava. Isso é uma loucura. Meu irmão não tinha acesso nenhum ao açougue fora do horário de trabalho. Do jeito que ele entrava ele saia: com o dono abrindo e fechando a loja. Não tem lógica falar uma coisa dessas”, relatou ainda. O corpo de Alan deve ser liberado nesta quinta-feira (2) pelas autoridades portuguesas. Redação da Revista Fórum.