Um crime brutal assustou a França nos últimos dias. Pedaços de um corpo feminino começaram a surgir num equipamento público de lazer, o Parque Buttes-Chauont, em Paris. Sacos plásticos contendo partes de pernas, braços e a cabeça da vítima foram espalhados no local, ao passo que mais despojos apareceram no trecho de uma linha férrea desativada que fica nas proximidades da área verde.
Do primeiro registro, em 1° de fevereiro, até o meio deste mês, a Polícia Nacional teve dificuldades para montar o quebra-cabeças e identificar a vítima, que finalmente foi reconhecida como a argelina Assia Matoug, de 46 anos, uma moradora de Montreuil, uma cidade nos arredores da capital francesa.
Após mais alguns dias de investigação, as autoridades chegaram ao perpetrador do crime bárbaro: seu marido, o argelino Youcef Matoug, de 50 anos, com quem ela vivia na França desde 2006 e com quem tinha três filhos, que viviam na mesma residência que o casal.
Durante um interrogatório, já sem saída para as perguntas dos policiais, Youcef admitiu a autoria do homicídio e contou que não havia um motivo específico para tal ato brutal. Ele contou que vinha tendo desentendimentos com a esposa e que discutiam com frequência. Na tarde de 30 de janeiro, contou o criminoso, após uma dessas discussões, ele pegou a esposa pelo pescoço acabou a matando estrangulada. Ainda segundo sua versão, desesperado, via apenas uma “saída”: cortar o corpo em pedaços e se desfazer dele.
Youcef, então, esquartejou no chão da cozinha a mulher com quem foi casado por quase duas décadas, colocou os pedaços do cadáver em vários sacos de lixo pretos e juntou todos num carrinho de feira. Ele empurrou os macabros pacotes até um ponto de ônibus, tomou a condução com destino a Paris e lá passou a deixar os sacos no Parque Buttes-Chauont.
Dominique Beyreuther-Minkov, a advogada designada para defender Youcef Matoug, disse ao diário Le Parisien que seu cliente estava profundamente perturbado com o que havia feito, de tal forma que não contou aos filhos o que havia acontecido e que desde então “estaria desejando que a polícia solucionasse logo o crime para prendê-lo”.
Após o depoimento na Polícia Nacional, Youcef teve sua prisão decretada pelo juiz que instrui o caso. Ele estará à disposição da Justiça da França e aguardará seu julgamento numa penitenciária da Região Metropolitana de Paris.
Coincidentemente, uma onda de crimes relacionados a esquartejamento tem ocorrido nos últimos dias. Os assassinatos macabros da modelo e socialite chinesa Abby Choi, em Hong Kong, cometido por seu ex-marido e familiares dele, e do brasileiro Alan Lopes, em Vegasstraat, na Holanda, morto por outro brasileiro, que transportou partes de seu cadáver num voo que aterrissou em Lisboa, ganharam as manchetes do noticiário e chocaram cidadãos em vários países. Redação da Revista Fórum.