O governador Jerônimo Rodrigues (PT) lançou nesta sexta-feira (24), em Salvador, a primeira etapa do principal programa dos primeiros 100 dias de gestão: o Bahia Sem Fome. O objetivo emergencial da iniciativa é a distribuição de cestas básicas para quem sofre de insegurança alimentar e nutricional. Na Bahia, esse público é estimado e 2 milhões de pessoas.
“Nessa primeira etapa, faremos o mutirão para a doação de alimentos. Na segunda etapa, vamos precisar da Assembleia Legislativa para termos orçamento para o programa. Afinal, se não virar lei, não é política pública. Vamos colocar os pobres e famintos no orçamento. Se for preciso, vamos até segurar algumas obras para comprar comida”, disse Jerônimo, em discurso durante o evento.
Durante o ato, que, apesar da dimensão do programa, aconteceu no apertado auditório do colégio estadual Vila Canária, no bairro de mesmo nome, o governador entregou simbolicamente cestas básicas a representantes dos moradores de rua, dos povos indígenas, dos quilombolas, das marisqueiras e das diversas religiões. Estiveram presentes, além do vice-governador Geraldo Júnior (MDB), deputados estaduais, federais, secretários, prefeitos, vereadores e movimentos sociais.
Jerônimo ressaltou que o programa será transparente, e que o governo atuará com rigor fiscalização, inclusive sobre eventuais acusações de desvio de doações e até compra de votos nas eleições municipais por meio de alimentos. “O governo do Estado vai prestar contas de cada quilo de alegria que receber. Não iremos aceitar e seremos duros caso aconteçam irregularidades”.
O petista pediu ajuda a toda sociedade para que o Bahia Sem Fome dê certo. “Quem puder ajudar, que ajude de sua maneira. Empresários donos de empresas de transporte, por exemplo, podem nos ajudar a levar o alimento. E todos precisam ajudar a identificar, a enxergar essas pessoas que têm fome”, frisou. “Precisamos combater juntos essa lógica perversa da fome. E vamos precisar priorizar as pessoas que mais precisam”, acrescentou.
Em discurso, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) afirmou que Bahia Sem Fome só terá força se estiver alinhado com as políticas sociais do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Assim teremos políticas inclusivas, de participação, a exemplo de ações que beneficiem os catadores e catadoras, que desempenham um papel fundamental na sociedade”, declarou.
Ele frisou que o programa funcionará de forma transversal, envolvendo todas as secretarias do governo. “Envolve educação, segurança pública, saúde. A fome tem pressa e por isso é uma ação que envolve todos, inclusive prefeitos, vereadores, demais lideranças políticas e a sociedade civil. Vamos construir um modelo de mãos dadas para tirarmos 2 milhões de baianos do mapa da fome”. As informações são Politica Livre.