Ex-ministro da Cidadania do governo Jair Bolsonaro, o presidente estadual do PL, João Roma, criticou o chamado Abril Vermelho do Movimento dos Sem-Terra (MST), que marca, com a intensificação de ocupações de áreas rurais e órgãos públicos, o massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 1996. Para Roma, os governos petistas no Brasil e na Bahia são lenientes com essas ações, que geram insegurança jurídica e prejudicam o crescimento do país.
“Temo sim um governo leniente com essas ações (em abril) e pior do que isso: um governo que, através dos seus agentes políticos, estimula esse tipo de prática. Isso é ruim para o Brasil, e não falo apenas para o proprietário de terra, o produtor rural. É ruim porque gera insegurança jurídica e deprecia os ativos brasileiros. Quando a bolsa de valores cai, cada brasileira fica um pouco mais pobre. Essas invasões geram instabilidade”, disse João Roma ao site Política Livre.
“Quem vem sustentando o Brasil é o agronegócio. Quando se tem um governo leniente, que permite as invasões, perdemos investimentos estruturais no segmento mais importante da nossa economia. Somos a favor da reforma agrária, sim, mas o Incra precisa é dar assistência às famílias, dar a titularidade das terras, e não ficar estimulando invasões ilegais”, acrescentou o ex-ministro.
Mais cedo, em conversa o site Política Livre, o deputado federal Valmir Assunção (PT), um dos principais líderes do MST, defendeu o Abril Vermelho e acusou o governo Bolsonaro de ter desaparelhado o Incra. João Roma rebateu as críticas.
“Isso é mentira. Em pouco mais de três anos do governo Bolsonaro titulamos mais pessoas do que foi feito nos últimos 30 anos de governo federal no Brasil. Essa é a solução do sucesso para a reforma agrária, porque quem tem o título da terra pode investir nela. O que o PT gosta de fazer é manipular o cidadão, deixá-lo dependente, levá-lo de um lugar para o outro estimulando que ele participe de invasões, quando tudo que ele quer é o direito à terra”, afirmou.
“O que se comenta é que o MST fica estimulando formas de pressionar o governo para obter cargos de comando dentro do Incra, como já aconteceu na Bahia, ao invés de estar atuando para emancipar cidadão. E eles sabem que terra invadida não pode, por lei, ser objeto de reforma agrária. Isso é ruim e pode gerar conflitos que ninguém quer, porque o fazendeiro, e não falo só dos grandes, não vai querer entregar de mão beijada tudo o que construiu com tanto sacrifício”, complementou João Roma. As informações são do Política Livre.