Mais um bárbaro ataque racista aconteceu neste domingo (10), desta vez em um bar no Rio de Janeiro. Társila Almeida, de 21 anos, garçonete do Bar do Mané, localizado na Praia do Flamengo, zona sul da capital fluminense, teve parte de suas tranças arrancadas por uma mulher, identificada como Lívia Coelho, que desferiu uma série de ataques racistas.
“Eu estava cuidando da banca de jornal que pertence ao bar. Nesse dia, o rapaz que cuida da banca não pôde ir, então minha gerente pediu que eu ficasse por lá. Ela (a cliente) começou a me chamar de ‘macaca’, ‘suja’, “feia’ e disse que eu não merecia estar onde estava”, disse Társila ao jornal Extra.
Segundo ela, as ofensas começaram por volta do meio dia. A mulher tentava entrar no bar, que abre às 14h, desde às 9h, quando ficou irritada e começou a destilar ódio racista contra a garçonete, que está grávida. Társila diz que, em princípio, ignorou os ataques, mas a mulher passou a agredi-la fisicamente, puxando suas tranças.
“Ela chegou a arrancar parte do meu cabelo da raiz. Foi quando alguns amigos meus vieram ajudar e chamaram a polícia. Nunca passei por nada semelhante a isso, me senti humilhada. Me senti humilhada no meu local de trabalho, na minha zona de conforto. Infelizmente, a minha ficha ainda não caiu totalmente. Fui trabalhar disposta, num domingo de Páscoa e passei por isso tudo”, contou.
A mulher, que estava embriagada, foi presa e prestou depoimento na 9ª Delegacia de Política. Lívia, que já responde a processo por lesão corporal e desacato a dois policiais militares em 2022, agora será investigada por injúria racial e também lesão corporal. Redação da Revista Fórum.