Em denúncia apresentada na terça-feira (11), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) concluiu que o assassinato do cinegrafista Thiago Leonel Fernandes da Motta, torcedor do Fluminense, pelo agente penal Marcelo de Lima, flamenguista, antes do primeiro jogo da final do Campeonato Carioca entre os dois clubes foi motivada por ódio político.
Segundo o MP, Lima, que é apoiador de Jair Bolsonaro (PL), atacou Motta dizendo que o cinegrafista dizendo que “petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão”. A provocação teria sido feita em um bar nas proximidades do Maracanã, no Rio de Janeiro, no dia 1º, antes da partida entre os dois clubes.
De acordo com a denúncia, “após uma discussão, o denunciado, com vontade livre e consciente de matar, efetuou disparos de arma de fogo contra as vítimas”. Ao todo, foram efetuados 10 disparos pelo bolsonarista, que estava embriagado. Motta foi morto na hora, enquanto o amigo, Bruno Tonini Moura ficou gravemente ferido.
Moura passou por uma cirurgia no Hospital Badim e teria perdido pedaços do fígado, intestino, baço e rins. Ele está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Lima foi preso em flagrante e segue com prisão preventiva decretada. Ele vai responder por homicídio triplamente qualificado, já que o crime teria sido cometido por motivo torpe, meio que resultou perigo comum e dificultou a defesa da vítima.
Além disso, o agente penal também será acusado por tentativa de homicídio contra Moura. A Secretaria de Administração Penitenciária abriu Procedimento Disciplinar Administrativo para definir sobre o futuro do bolsonarista na corporação. As informações são da Revista Fórum