A Polícia Militar (PM) de Canelinha, na Grande Florianópolis (SC), foi acionada por uma mulher, depois que o médico que atendia sua filha com frequência, em um hospital municipal, pediu para que a criança ficasse apenas de calcinha durante a consulta pediátrica.
Conforme informações da PM, em seguida, o médico fez uma oração para “curar os pecados da mãe”. A menina estava sentindo dores na região do estômago. De acordo com a prefeitura, o homem foi demitido.
Em depoimento à polícia, o médico declarou que a oração foi feita para facilitar o atendimento. Disse, ainda, que pediu para que a criança ficasse sem roupa para examinar as dores abdominais.
A mãe, que registrou boletim de ocorrência (BO), relatou que, além do procedimento no mínimo suspeito, o médico teria mostrado a ela conversas pessoais no celular.
Porém, na avaliação da PM, não houve importunação sexual ou estupro de vulnerável. De acordo com a polícia, não foram registrados toques do médico nas partes íntimas da criança.
O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) informou que não foi notificado oficialmente sobre os fatos. Porém, disse que “todos os casos reportados são investigados, sendo o trâmite processual instituído pela Resolução CFM nº 2.306/2022”.
Confira nota da prefeitura
A Fundação Hospitalar Municipal de Canelinha junto com a empresa MP Qualimed, sempre no dever e respeito que têm por toda a nossa comunidade, vêm por meio desta prestar esclarecimentos para a população canelinhense.
Em virtude das atitudes médicas ocorridas no dia 23 de abril de 2023, bem como a proporção midiática tomada, a Diretora Vanderléia Rosa, bem como o proprietário da empresa Julio Cesar de Oliveira, informam que estão averiguando toda a situação ocorrida a fim de apurar os fatos, de modo que já procederam com a dispensa do médico responsável.
Diante disso, a Fundação Hospitalar Municipal de Canelinha e a empresa MP Qualimed promoverão a investigação de toda e qualquer denúncia que se apresente pela comunidade e pacientes, visto que são contrárias a toda e qualquer conduta que fuja da ética que a profissão exija.
Ademais, providências serão tomadas nos próximos dias, a fim de retomar o padrão de qualidade no atendimento e prestação de serviços desempenhados na Fundação, uma vez que trata-se de serviço essencial.
Por fim, a Fundação e a Empresa se solidarizam com a paciente e os familiares, de maneira a estarmos dispostos para auxiliar e prestar maiores esclarecimentos acerca da situação ocorrida. As informações são da Revista Fórum.