Um caso assustador ocorrido em Minas Gerais, que ganhou o noticiário brasileiro nos últimos dias, com repercussão até no exterior, pode sofrer uma reviravolta. Uma mulher grávida e seus familiares denunciaram que, durante um parto induzido de uma criança prematura, no início do mês, a bebê teria tido a cabeça arrancada pela médica que realizava o procedimento, e costurada de volta ao corpo posteriormente, numa das salas de cirurgia do Hospital das Clínicas de Belo Horizonte, vinculado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A Fórum teve acesso à versão do HC de BH que, embora ainda não tenha sido divulgada oficialmente, já que o laudo final do IML só sairá em 30 dias, aponta que a história teria sido diferente e que, pelas condições complexas da gestação e dos quadros de saúde da mãe e do feto, a menina não teria qualquer perspectiva de sobreviver, uma vez que tinha malformação pulmonar grave. Até o momento, em toda a imprensa, a totalidade das informações apresentadas vinha de parentes e pessoas próximas da mãe e da criança.
Segundo as informações obtidas pela Fórum, no procedimento teria ocorrido uma ruptura parcial de tecidos da região do pescoço da bebê, algo muito longe de uma decapitação, ou seja, da secção total da cabeça do feto. A equipe que realizou a intervenção, assim como os profissionais que acompanharam Ranielly Coelho Santos, de 34 anos, grávida de 28 semanas, teriam dado ciência a todos os familiares da impossibilidade de sobrevivência da criança, além da complicada situação em que transcorreria o parto, já que a paciente não tinha abertura suficiente para um parto natural simples, tampouco poderia ser submetida a uma cesariana. Ela ainda apresentava um quadro severo de hipertensão arterial.
Diante dos novos indícios que apontam para um episódio diferente daquele reportado anteriormente pela Fórum e por inúmeros outros veículos de imprensa brasileiros, decidimos publicar nova reportagem sobre o assunto. A versão dos familiares e da mãe sobre o ocorrido. As informações são da Revista Fórum.