A primeira Feira Baiana de Cafés Especiais, realizada no dia 20 de maio, em Salvador, deixou um saldo extremamente positivo para os negócios e os apreciadores de café. Com a presença de aproximadamente mil visitantes, a feira registrou a comercialização de mais de 200 quilos de café, totalizando um volume de vendas de R$ 50 mil em apenas uma tarde. Os grãos produzidos na região da Chapada Diamantina se destacaram, representando quase 80% das vendas e evidenciando a qualidade do terroir baiano.
Brenda Matos, organizadora do evento, comemorou o sucesso da feira, que reuniu produtores, revendedores e o público apaixonado por cafés especiais. Segundo ela, o mercado de cafés especiais está em crescente expansão na Bahia e em todo o mundo, e a feira foi uma oportunidade maravilhosa para impulsionar esse segmento e obter resultados positivos.
Otto Maia, responsável pela curadoria do evento, ressaltou que, mesmo com pouca ajuda e realizada com base na força de vontade, a feira deixou um legado significativo: a certeza de que Salvador possui uma cena aquecida e ávida por consumir grãos de excelência produzidos neste estado com um terroir abençoado. Ele afirmou que o movimento iniciado pela feira não terá retrocesso e que a segunda edição já está programada para ocorrer em breve.
Além dos cafés produzidos na Chapada Diamantina e no Planalto da Conquista, a feira apresentou grãos originários da Etiópia, berço do café, e destacou as microtorrefações da Região Metropolitana de Salvador, como Do Coado ao Espresso e Praiano, que torram cafés de diferentes regiões. O nano lote de Jacu, do Café Gourmet Piatã, e o Garbo Café foram revelações da primeira edição.
O público teve a oportunidade de degustar mais de 2,6 mil doses de cafés filtrados e expressos, além de 400 cappuccinos servidos com leite vegetal NaVeia. Durante as 6 horas de evento, também foram realizadas rodas de conversa com conteúdo sobre cafés especiais, envolvendo cerca de 20 municípios baianos.
Augusto de Sá, um entusiasta do café, destacou que a feira conseguiu unir todos os elos da cadeia produtiva do café, ressaltando que o café é uma experiência de pertencimento e que todos compartilham do mesmo objetivo. Ele expressou sua satisfação ao ver as pessoas se sentindo acolhidas e pertencentes ao mundo dos cafés especiais.
Terezinha Maia, servidora pública que compareceu ao evento acompanhada de sua vizinha e sobrinha, saiu encantada e apaixonada pela feira. Ela adquiriu café e licor e expressou o desejo de que o evento seja realizado em um local maior e tenha uma duração mais longa em futuras edições, pois uma tarde foi pouco para aproveitar tudo o que a feira tinha a oferecer.
Jorna da Chapada