Um caso que parecia mais uma clássica fake news a circular na internet, mas que está registrado no portal do FDA (Food and Drug Administration), a agência reguladora de medicamentos, procedimentos médicos e alimentos dos EUA, assustou os usuários das redes sociais nos últimos dias.
Uma paciente, cuja identidade, idade e origem não foram informadas, compareceu a uma clínica radiológica norte-americana em 7 de abril deste ano para realizar um exame de ressonância magnética. A mulher foi até o local fazendo uso de um plug anal, um brinquedo erótico em formato cônico que serve para ser introduzido no ânus, deixando uma base larga para fora, por onde é puxado para ser removido. Ela teria adquirido o produto pensando que o item era feito 100% em silicone, só que o objeto tinha uma esfera metálica em seu interior.
Como se sabe, as complexas máquinas que realizam os exames de ressonância magnética atraem com muita força objetos metálicos que porventura estejam próximos do paciente, de um acompanhante ou mesmo de um técnico presente na sala onde está instalado o aparelho, já que elas criam um campo magnético, funcionando como um grande ímã. No começo deste ano, um advogado de São Paulo que levou a mãe para realizar um procedimento do tipo, e que estava armado, morreu após sua pistola ser “tragada” pelo mecanismo e disparar, o atingindo.
O fato é que a mulher, ao fim do exame, momento em que seria retirada do “túnel” onde seu corpo foi introduzido para a ressonância, começou a gritar desesperadamente de dor, afirmando estar com muitas náuseas e com sensação de desmaio. Ela foi retirada da sala e levada por uma ambulância para um hospital próximo, onde se constatou que o plug anal foi tragado para a porção intestinal acima de seu reto, instalando-se no abdômen.
Nas redes, um vídeo mostrando mensagens de texto e imagens de uma ressonância magnética onde é possível ver um plug anal do mesmo tipo segue circulando, embora não tenha sido possível averiguar sua autenticidade. O site Health Imaging, dedicado a informações sobre saúde, procedimentos médicos e tecnologia, foi quem primeiro checou a informação e encontrou o relato da ocorrência no site do FDA, inclusive com data próxima à das publicações que trazem fotos da ressonância com o brinquedo erótico.
O relato presente no FDA afirma que a ocorrência foi registrada na agência por um profissional de saúde e que a paciente não retornou contato com o órgão regulador para passar mais informações sobre seu estado, extensão dos ferimentos e evolução do quadro. As informações são da Revista Fórum.