O governo Lula anunciou nesta terça-feira (28) os novos detalhes do programa Desenrola, que promete ajudar mais de 70 milhões de brasileiros a realizarem a renegociação de dívidas. O projeto proposto pelo ministério da Economia contou com uma surpresa: mais de 1,5 milhão de brasileiros terão suas dividas perdoadas pelas instituições financeiras.
Segundo a proposta, dívidas de até R$ 100 com bancos, financiadoras e outras instituições financeiras serão perdoadas a partir de agora. A medida, contudo, vale apenas para pessoas que devem para instituições com captação superior a R$ 30 bilhões na condição de credores, isto é, bancos e financiadoras. Dívidas de contas ainda poderão ser cobradas por empresas, como luz, telefonia, gás e energia elétrica.
Renegociação de dívidas
Além disso, o governo dividu o programa de renegociação de dívidas acima de R$ 100. A partir de agora, os brasileiros que ganham até R$ 2640 e que estejam no Cadúnico poderão renegociar dívidas de até R$ 5 mil feitas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022.
As condições de pagamento para a Faixa I variam. A quitação pode ser à vista ou por financiamento bancário em até 60 meses para pagar, sem entrada, por 1,99% de juros ao mês e primeira parcela após 30 dias. Aqui, o governo entrará como fiador dos débitos.
Não podem ser renegociadas as dívidas contraídas através de crédito rural, financiamento imobiliário, créditos com garantia real, operações com funding ou risco de terceiros. Dívidas feitas em crédito consignado podem ser renegociadas segundo o Desenrola.
De acordo com a publicação no Diário Oficial da União, a Faixa II é para pessoas apenas com dívidas em bancos. Ela prevê que as instituições bancárias possibilitem aos clientes a negociação direta, sem mediação do governo.
O que vai ocorrer é um incentivo regulatório aos bancos para que aumentem a oferta de créditos, isto é, os bancos que aderirem as renegociações terão benefícios promovidos pelo governo federal. A ideia do governo Lula é aumentar o crédito privado das famílias e incentivar o consumo, a geração de renda e emprego para garantir o aumento da economia. As informações são da Revista Fórum.