A Polícia Federal no Rio de Janeiro considera que as investigações da Operação Élpis – que prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa na manhã desta segunda-feira (24) – já esclareceram toda a ‘mecânica’ do assassinato da vereadora Mairelle Franco e do motorista Anderson Gomes, juntando provas ‘consistentes’ sobre a execução do crime em 2018. A PF vê envolvimento direto de Maxwell nos ‘atos preparatórios’ do homicídio.
Como mostrou o Estadão, o inquérito avançou a partir da delação premiada de Élcio Queiroz, ex-policial que confessou sua participação no crime. Segundo os investigadores, Élcio narrou que o envolvimento de Suel no caso ‘remonta os meses de agosto e setembro de 2017, até o exaurimento do crime’.
A PF diz que, segundo Élcio, Maxwell auxiliou antes do crime, com a manutenção do carro usado no homicídio, a vigilância de Marielle. Depois do assassinato, ele teria ajudado os executores a trocar as placas do veículo e contatou a pessoa que foi responsável por dar fim ao veículo, picotá-lo. Ele ainda auxiliava, junto com Ronnie Lessa (suposto executor dos disparos) a família de Élcio e ainda com a própria defesa do delator. Para a PF, tal contexto mostra ‘contemporaneidade’ na atuação do ex-bombeiro.
Os investigadores também identificaram que Ronnie Lessa – réu como executor dos disparos que mataram Marielle e Anderson – buscou, em uma site de pesquisa de crédito, o CPF da vereadora e de sua filha. A busca ocorreu dois dias antes do crime.
Em seguida, ele procurou no Google o endereço da parlamentar, sendo que trata-se de um endereço não atualizado. A PF diz que identificou inclusive como Ronnie pagou por essa consulta. Segundo a corporação, a defesa do ex-PM diz que ele não havia pesquisado sobre Marielle Franco. As informações são do Estadão.