Pedro Luís subiu ao palco da Fligê, na última sexta-feira (18), como quem estende um convite caloroso. Com zelo e destreza, ele convidou a plateia a se juntar em coro. Enquanto apresentava suas composições autorais e outras do cancioneiro nacional, a audiência ecoava suas melodias. Gradativamente, a Fligê se viu completamente cativada, envolvida pelo talento e carisma do cantor.
Mariana Oliveira, professora de português, expressou o sentimento compartilhado pelo público: “O show foi emocionante, lindo. Me arrepiei. Ele harmonizou músicas autorais com as de outros autores, que também possuem uma escrita poética, provocando aquela sensação gostosa. Foi realmente incrível, permitindo que as pessoas transbordassem suas emoções”, declarou.
Dentre as composições próprias, ele apresentou “Girassol”, famosa na voz de Toni Garrido, “Noite Severina”, que coassinou com Lula Queiroga, “Tudo Vale a Pena”, com Fernanda Abreu, e “Estácio, Eu e Você”, eternizada por Luís Melodia, entre outras. O público acompanhou o repertório com entusiasmo e suíngue.
Reconhecido pela criação de dezenas de letras, Pedro Luís afirma que “tudo começa na poesia”. Desde o início, a poesia esteve presente em sua vida e cotidiano familiar, acompanhando-o por toda a trajetória, criando essa conexão única entre sons e letras, tão peculiar à sensibilidade brasileira.
As parcerias também marcam sua obra, gerando músicas que se infiltraram no imaginário e no coração do Brasil, entre elas as de Lula Queiroga, Carlos Rennó e Zé Renato.
Pedro inspira e é inspirado na sofisticação literária da música popular brasileira. “Isso realmente me enche de inspiração e de desejo sempre de dar um passo a mais na minha literatura musical”, compartilha. Ele também celebra a homenagem ao livro promovida pela Fligê, cujo tema deste ano, “música e literatura”, contempla o seu trabalho. “É encantador participar de um evento onde o livro assume o papel de protagonista, reunindo diversas linguagens e manifestações para se unirem”, afirma.
Com letras poéticas e composições marcantes, ele cativou o público, estreitando os laços entre música e literatura. Sua presença foi um tributo à riqueza da expressão artística brasileira, um encontro de palavras e melodias que ecoará na memória dos presentes por muito tempo.
Jornal da Chapada