O ministro da Justiça, Flávio Dino, utilizou as redes sociais na manhã desta quarta-feira (30) para divulgar uma nova ação contra o garimpo ilegal na Amazônia. Conforme o relato de Flávio Dino, na segunda-feira passada (28), 148 locais de garimpo ilegal na Amazônia foram destruídos.
Ao promover a divulgação da ação contra o garimpo ilegal, Flávio Dino também aproveitou para criticar o governo Bolsonaro (2019-22) e afirmar que a administração anterior era “leniente com os crimes”.
“Em uma operação que teve início na última segunda-feira, destruímos 148 pontos de garimpo ilegal na Amazônia. Após anos de desordem e complacência com os crimes, estamos garantindo a aplicação das leis em prol das gerações atuais e futuras”, escreveu Dino.
Pela primeira vez desde 2020, não foram registrados alertas de garimpos ilegais na Terra Indígena Yanomami. O monitoramento realizado pela Polícia Federal (PF) por meio de satélites revelou que o território está livre de novas áreas de exploração há 33 dias consecutivos. A informação foi divulgada nesta terça-feira (20).
Em operação iniciada nesta última segunda-feira, 148 pontos de garimpo ilegal foram destruídos na Amazônia. Depois de anos de anomia e leniência com crimes, estamos zelando para o cumprimento das leis, em favor das atuais e futuras gerações. pic.twitter.com/WdBdN0QeGM
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) August 30, 2023
“Esta é a primeira vez, desde o início deste tipo de monitoramento, em agosto de 2020, que se observa a ausência de alertas de garimpos por um período tão longo de tempo. Tais resultados indicam que, pela primeira vez nos últimos anos, não houve novas áreas de garimpo ilegal sendo exploradas”, informou a PF.
No mesmo período do ano passado, em maio e abril, a região contabilizou 538 alertas de garimpos ilegais, mas neste ano esse número caiu drasticamente para 33, representando uma redução de 93%. Não há mais nenhum alerta registrado.
Para detectar a presença de garimpos ilegais em meio à floresta, o sistema de monitoramento via satélite utilizado pela PF identifica desmatamentos frequentemente associados a essa atividade. A queda no número de alertas vem sendo observada desde o início deste ano, quando foram realizadas ações contra os criminosos ambientais, incluindo a Operação Libertação, conduzida pela corporação.
No dia 8 de junho foi concluída a última pesquisa que não encontrou evidências de novos garimpos. As imagens capturadas pelos satélites são processadas diariamente e consolidadas a cada sete dias.
Operação Libertação
Diante dessa significativa redução, a PF anuncia o início de uma nova etapa da Operação Libertação na Terra Yanomami. O objetivo principal será ocupar áreas dentro da reserva, garantindo assim a retomada gradual dos serviços básicos essenciais para a comunidade Yanomami.
A Operação Libertação, coordenada pela PF, conta com o apoio do Exército, da Força Aérea, da Marinha, da Força Nacional, da Funai, do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal. Atualmente, mais de 80 procedimentos investigativos estão em andamento para apurar diversos crimes cometidos na Terra Yanomami, que vão desde lavagem de dinheiro e mineração ilegal até tráfico de pessoas.
Desde o dia 20 de janeiro, a Terra Yanomami está em estado de emergência de saúde pública. Desde então, o governo federal tem atuado para enfrentar essa crise, enviando profissionais de saúde, fornecendo cestas básicas e realizando a retirada de garimpeiros do território, com a participação ativa do Ibama, da Polícia Federal, da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal.
Território Indígena Yanomami
Durante décadas, a Terra Yanomami, o maior território indígena do Brasil, tem sido alvo de garimpeiros ilegais. Nos últimos anos, a atividade ilegal tem se expandido de forma desenfreada nesse território. No ano passado, a devastação atingiu um alarmante percentual de 54%, mas essa realidade tem sido transformada por meio das ações empreendidas desde janeiro deste ano.
A Terra Indígena Yanomami abrange uma extensão de mais de 10 milhões de hectares, sendo maior do que o estado de Pernambuco.Jornal da Chapada com informações do Portal G1.