O julgamento dos réus bolsonaristas que tentaram dar um golpe de Estado em 8 de janeiro, que transcorre desde quarta-feira (13), no Supremo Tribunal Federal, virou um verdadeiro circo, só que não exatamente pelo teor dos autos analisados pelos ministros, mas sim pela performance dos advogados que defendem os acusados.
No primeiro dia do juízo, quem roubou a cena pela tosquice empregada foi o desembargador aposentado Sebastião Coelho da Silva, que como advogado defendia Aécio Lúcio Costa Pereira. Ele atacou enlouquecidamente o ministro Alexandre de Moraes e a Corte e acabou recebendo respostas pouco elegantes do magistrado.
Nesta quinta (14), Hery Kattwinkel, advogado de Thiago de Assis Mathar, ganhou os holofotes após uma intervenção sem nexo, recheada de clichês e com uma citação toda errada e confusa na qual misturou as obras ‘O Príncipe’, de Nicolau Maquiavel, e ‘O Pequeno Príncipe’, de Antoine de Saint-Exupéry.
Como se não bastasse, a defensora Larissa Cláudia Lopes de Araújo, advogada que representa Matheus Lima de Carvalho Lazaro, ainda nesta tarde, fez uma ‘sustentação oral’, se é que podemos chamar assim, em que mais gaguejou do que falou, admitiu “estar com medo” e acabou até chorando.
“Qual que é o critério? Se eu perguntar, acredito que nenhuma de vossas excelências sabe me dizer qual que é o critério desse processo. Ninguém sabe dizer porque não tem. Fui com a sua cara, boto você pra fora, não fui, você fica preso. Vi advogados serem humilhados, talvez por isso eu esteja com um pouco de medo aqui nessa tribuna. A OAB nunca se manifestou pra defender a gente. Eu não gosto de política, eu sempre falo pra todo mundo ‘eu não gosto de política’
“Então meu choro aqui não é por partido, é pelo meu trabalho, que é tão desvalorizado, tão desvalorizado que eu nem sei pra que que eu tô falando aqui se ninguém vai me ouvir, o que engraçado. Provavelmente é o que todos eles dizem lá dentro: ‘as sentenças já estão prontas’… Quem duvida disso? E hoje, mais uma vez, confirmei e acredito que já estejam mesmo, por que quais são os critérios que estão sendo utilizados nesse processo?”, disse a advogada em sua confusa ‘sustentação’.Jornal da Chapada com informações da Revista Fórum