O pedido de cassação do mandato do vereador Washington Sá Teles (PSB) foi formalmente registrado, após um inquérito policial confirmar que ele praticou o crime de importunação sexual contra a vereadora Normanda Torres Sena (PSD). O caso ocorreu durante uma sessão na Câmara Municipal, no dia 7 de março deste ano.
Após a confirmação da denúncia de assédio feita pela vereadora Normanda, a secretária da Câmara municipal de Wagner, Geisa, fez a leitura do pedido de cassação do vereador Washigton por quebra de decoro parlamentar, protocolado pelo PSD.
A vereadora afirma que conversava com outro político na Câmara, quando foi surpreendida ao ser ‘agarrada por trás’ pelo vereador Washington. Ela ainda frisa que o edil chegou a tocar em seus seios, em um ato de total desrespeito com as mulheres.
Em contato com o Jornal da Chapada, a vereadora Normanda revelou que, além de ter que encarar o vereador, ainda tem lidado com a reação indesejável da família do mesmo. “É desgastante ter que vê-lo após o ocorrido. Pior ainda é ter que lidar com o assédio moral da família de Washington, que vem me desmoralizando e tentando me prejudicar perante a população”, enfatiza a vítima.
A vereadora ainda diz que não está sendo fácil conviver com as dores e o constrangimento pós assédio e que tem buscado ajuda psicológica. “Eu estou bastante traumatizada com a situação. Estou sendo acompanhada por uma psicólogo para tentar superar esse triste episódio da minha vida”, acentua a parlamentar.
Na tribuna da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Eduardo Alencar (PSD) registrou uma monção de repúdio contra a atitude do vereador. “Gostaria de expor o terrível assédio sexual que a vereadora Normanda Torres sofreu pelo vereador Washington Sá Teles dentro da Câmara Municipal de Wagner. Peço ao presidente que encaminhe essa moção para a Secretaria de Segurança Pública”, diz o parlamentar em um trecho do vídeo.
Nesta quinta-feira (5), às 18h40, acontecerá a votação para a abertura do processo de cassação do mandato do vereador. Caso Washington Sá Teles tenha seu mandato cassado, enfrentará a inelegibilidade por um período de oito anos. Além disso, ele responde criminalmente por importunação sexual, um delito que, conforme estabelecido em lei, pode resultar em uma pena de prisão que varia de 1 a 5 anos.
Jornal da Chapada