Em janeiro de 2021, a Bahia aplicava as primeiras doses da Coronavac, dando início a uma longa caminhada contra o tempo para salvar vidas durante a pandemia da Covid-19. Mais de dois anos depois, a esperança de dias melhores, finalmente, se tornou realidade. Nesta terça-feira (17), dia em que é comemorado o Dia Nacional da Vacinação, a luta para garantir que a vacina chegasse aos 417 municípios do Estado não pode ser esquecida, como destaca a secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana.
“Investimos mais de R$ 2,2 bilhões durante a pandemia da Covid-19 para garantir a estrutura necessária para salvar a vida de milhares de baianos, com ampliação e reforma de unidades de saúde, instalação de um hospital de campanha na Arena Fonte Nova, além do Hospital Metropolitano. Mas eu gosto sempre de lembrar que, para além da Covid, as demais vacinas também salvam milhares de vidas todos os dias em nosso estado, e isso não pode ser esquecido jamais. Vacina, independente de qual seja, é ciência, é a opção que temos para evitar doenças e salvar vidas”, lembra a secretária da Saúde.
Desde o início da pandemia, estratégias de incentivo à vacinação adotadas na Bahia serviram de exemplo para todo o país e seguem sendo destaque quando se trata do calendário regular de imunização e incentivo à retomada dos altos índices vacinais.
“Criamos um manual de boas práticas de vacinação e fizemos toda uma estrutura que segue sendo aplicada até hoje, fazendo com que os imunizantes cheguem a todos os municípios baianos. Aliado a isso, intensificamos as campanhas de vacinação e conseguimos garantir que as vacinas cheguem às comunidades afastadas”, explica a diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro.
Uma dessas estratégias é o Programa Vacina Bahia. Criado pelo Governo do Estado no mês de fevereiro deste ano. A iniciativa busca fortalecer o calendário vacinal de todas as faixas etárias, principalmente no grupo de crianças até um ano, com foco no aumento da cobertura das vacinas Pentavalente, Pneumo 10, Tríplice Viral e a contra a Poliomielite.
A ação iniciou focando nos 43 municípios com até 100 mil habitantes com as mais baixas coberturas vacinais e, desde o início de setembro, foi expandida, passando a recorrer à estratégia da busca ativa e levando os agentes de imunização até as comunidades quilombolas, indígenas e ribeirinhas dos municípios baianos.
“O Vacina Bahia veio para mudar o cenário dos baixos índices de vacinação no estado. Nós disponibilizamos veículos para levar os vacinadores a comunidades mais distantes, técnicos de enfermagem e computadores para serem utilizados nas salas de vacina. Nessa segunda etapa, estamos apostando na estratégia que chamamos de ação extramuro, onde garantimos levar a vacina para algumas pessoas que muitas vezes não conseguem chegar aos postos de saúde. Ampliamos nosso campo de atuação e também passamos a ter como foco a vacinação de quilombolas, indígenas, comunidades ribeirinhas, além da busca ativa em escolas”, afirma Roberta Santana.
Para viabilizar a ação, foram investidos mais de R$ 4,6 milhões na contratação de vacinadores, treinamento e capacitação de equipes, bem como infraestrutura e locação de veículos, além de buscar unir esforços com as autoridades e conselhos de saúde do Estado e dos municípios.
Em 2022, a cobertura vacinal na Bahia atingiu a taxa de 75,6% para vacinação contra a Poliomielite, 75,4% Pentavalente, enquanto 79,4 % foram vacinados contra a Pneumocócica e outros 75,6 %, para a Tríplice Viral. Em 2023, apesar dos números ainda estarem defasados por conta de um problema no banco de dados do Ministério da Saúde que atrasa a atualização dos índices, o Estado já registra uma pequena melhora nas taxas de imunização, registrando cobertura de 75,4% para Poliomielite; 75,8% para Pentavelente; 80,2% da Pneumocócica e 75,8% para a Tríplice Viral. A meta do Estado é que o índice alcance, no mínimo, 95% do público alvo de cada imunizante.
Mas, apesar dos exemplos claros da eficácia da vacinação, mais de 11 milhões de baianos estão com o reforço da vacina bivalente, contra a Covid, em atraso – fator que ainda preocupa. As informações são de assessoria.