A presidenta da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e vereadora licenciada de Salvador, Maria Marighella prestigiou a abertura da Exposição “Walter Firmo – no verbo do silêncio a síntese do grito” em Salvador na última terça-feira (5), no Museu de Arte Moderna (MAM).
Firmo foi responsável por fotografias de grandes nomes da cultura negra brasileira. Na exposição ele convida o espectador à “reflexão imediata sobre a realidade exibida e sobre o próprio ato de fotografar”, consciente de que “o poder do olhar deve influenciar as pessoas porque o ato de fotografar tem que ser político, e não um mero acaso instantâneo”.
A retrospectiva tem 200 obras do artista, consagrado por sua sequência de projetos que registram e celebram o povo e a cultura negra do Brasil. A seleção traz desde imagens do início de sua carreira até registros recentes.
“Encontrar Walter Firmo é encontrar a tradição da Fotografia Brasileira por dentro da Funarte e fora dela. É reencontrar a memória das artes brasileiras! O mestre da cor marcou ao retratar Pixinguinha, Dona Ivone Lara, Cartola e tantos outros. Estamos diante da história viva da fotografia afro-brasileira e do pensamento e formulação das políticas públicas para a fotografia”, afirma Maria Marighella.
Walter Firmo foi diretor do Instituto Nacional de Fotografia da Funarte até 1991, quando o Instituto é extinto. Em 1994 é reintegrado a Fundação passando a atuar na nova área de Fotografia até sua aposentadoria do órgão.
A mostra é uma iniciativa do Instituto Moreira Salles (IMS) com apoio do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura (SecultBA), Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) e MAM Bahia.
O catálogo “Walter Firmo – No verbo do silêncio a síntese do grito”, organizado por Sergio Burgi – antigo coordenador do Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da FUNARTE e atual coordenador da área de fotografia do IMS – curador da exposição com Janaina Damaceno Gomes, ganhou o Prêmio Jabuti na categoria Artes desse ano. As informações são de assessoria.