Apontado pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público do Estado (MP-BA) como chefe de milícia em Feira de Santana, no Centro-norte baiano, o deputado estadual Binho Galinha (Patriota) vem estampando manchetes em noticiários locais há algumas semanas. Na esteira da polêmica, o deputado estadual Alan Sanches (União) acredita que se faz necessária a reinstalação do Conselho de Ética na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) para apurar esse tipo de caso.
O detalhe é que o colegiado, que era presidido pelo deputado Marquinho Viana (PV), existia até meados de 2021, quando o atual presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), foi eleito para a legislatura de 2021-2023. Com uma nova legislatura em vigor, era preciso que se remontasse o Conselho, algo que não aconteceu. Ao Bahia Notícias, Alan Sanches afirmou nesta terça-feira (19) que a AL-BA “menosprezou um pouco” o Conselho de Ética, uma vez que havia a “ausência de problemas com relação a deputados”.
“O que me chamou a atenção, e que eu achei estranho, é que não há ainda constituído o Conselho de Ética, porque ele existia. Eu acho que pela ausência de problemas na casa com relação a deputado de deputadas, menosprezou um pouco o conselho de ética, porque não é não tinha atuação. Mas eu acho que em qualquer Casa precisa ter”, declarou o líder da oposição na AL-BA, destacando que vai “provocar” o presidente Adolfo Menezes pedindo a instalação do Conselho de Ética.
O parlamentar ainda citou, que precisava haver uma provocação oficialmente na Casa através do Ministério Público, do Tribunal de Justiça (TJ) ou de algum partido político, mas que “não houve isso”. O deputado também destacou que o papel da imprensa na divulgação do caso e afirmou que deveria haver um posicionamento da bancada do governo e da própria presidência da AL-BA.
“A partir do momento que a gente vai tratar qualquer coisa que tenha, precisa primeiro a Assembleia ser provocada. Dá té para dizer que ela foi provocada pela imprensa com as notícias, igual Ministério Público. Mas caberia à bancada do governo, se posicionar, ou a própria presidência da Casa se posicionar”, declarou Alan Sanches.
O CASO
Binho Galinha é empresário e teria atuação no jogo do bicho, considerado contravenção, delito de menor gravidade, segundo o Código Penal Brasileiro. No último dia 7, o político foi alvo da Operação El Patron, da PF em parceria com o MP-BA, tendo sido apontado como chefe de uma milícia com atuação em Feira de Santana.
Com 46 anos e com ensino médio incompleto, o deputado é natural de Milagres, no Vale do Jiquiriçá, município em que é cotado para disputar as eleições municipais de 2024. O apelido “Binho Galinha” veio quando o político já morava em Feira de Santana, após sair de Milagres. A alcunha era porque ele entregava galinhas em uma motocicleta quando trabalhava em um frigorífico. Ele já disse também que trabalhou de pedreiro, pintor e ajudande de carroças. As informações são do site BN.