Acompanhantes de pacientes denunciaram que o Hospital Professor Eládio Lasserre, localizado no bairro de Águas Claras, em Salvador, tem apresentado superlotação, com pessoas nos corredores da unidade.
Em nota, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que o Hospital Eládio Lasserre e a Unidade de Emergência de Cajazeiras, ambos sob gestão estadual, estão com atendimentos sobrecarregados por causa da “omissão” da prefeitura da capital baiana.
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Salvador (SMS) e aguarda posicionamento sobre o caso.
Conforme a Sesab, o distrito de Cajazeiras tem cerca de 1 milhão de moradores e o Hospital Municipal, que fica na região, não contribui com esse acolhimentopor ser “porta-fechada”, ou seja, atende apenas pacientes regulados.
A secretaria estadual afirmou ainda que também não há Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) municipais na região e que a prefeitura foi acionada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) para se manifestar e contribuir com a solução do problema, mas até o momento não o fez.
Espera por regulação
O Hospital Eládio Lasserre é uma unidade referência em atendimentos de emergência na região de Cajazeiras. Em entrevista para a TV Bahia, Alessandra Santos disse que a mãe foi diagnosticada com tumores e está internada há 12 dias no hospital, quatro deles nos corredores da unidade.
De acordo com Alessandra Santos, a idosa precisa de uma regulação para outro hospital, mas a gestão do Eládio Lasserre tem justificado que não há vagas.
“Minha mãe está acamada, em tempo de morrer no leito, porque já tem dias de espera pela transferência. O caso dela é gravíssimo, não pode esperar mais e esse hospital não tem o suporte que ela precisa”, disse a mulher.
Alessandra afirmou ainda que não foi apenas a mãe dela que esperou por atendimento nos corredores do hospital.
“Várias pessoas ficam dias nos corredores quando chegam”, revelou.
Outra acompanhante de pacientes que fez um desabafo durante a reportagem foi Alexandra de Oliveira. A mãe dela tem 73 anos, faz diálise e também precisa ser regulada.
“Está aguardando uma regulação para fazer a retirada de um catéter. Já tem mais ou menos um mês, de vez em quando ela tem febre e eu desconfio que é por causa desse cateter”, disse preocupada. As informações são do site G1.