O jornalista e escritor Fernando Morais, biógrafo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), descobriu que o presidente foi monitorado por diferentes órgãos do governo dos Estados Unidos, resultando na produção de pelo menos 819 documentos, somando 3.300 páginas de registros, após solicitar informações ao governo americano para fazer a segunda biografia de Lula.
A CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, produziu a maior parte dos documentos relacionados a Lula. A agência mantém 613 documentos sobre o petista, totalizando 2.000 páginas. Esses registros abrangem o período de 1966 a 2019, ano em que os pedidos foram protocolados.
Isso equivale ao fato dos EUA ter mantido um extenso monitoramento sobre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante cinco décadas, abrangendo desde sua ascensão no movimento sindical durante a ditadura militar até sua prisão em 2018. Os documentos foram obtidos por Morais, através da Lei de Acesso à Informação americana (Freedom of Information Act).
A deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, se manifestou na manhã desta quinta-feira (18) em repúdio às investigações do governo americano. “Gravíssimas revelações do jornalista Fernando Morais sobre a arapongagem dos EUA no Brasil. Espionavam @LulaOficial desde 1966, quando ele se filiou ao sindicato, no PT, na presidência e até na prisão”, escreve ela. As informações são do site Fórum.