A Polícia Federal desencadeou, na manhã desta quinta-feira (4), a Operação Valquíria, com o objetivo de reprimir crimes previstos na Lei Antiterrorismo envolvendo ameaças eletrônicas e apologia ao nazismo. Entre as instituições alvo dos ataques, está uma universidade federal situada no município de Barreiras, no Extremo Oeste da Bahia.
De acordo com a PF, o caso teve início após o envio de e-mails contendo ameaças e menções elogiosas ao nazismo. As mensagens foram produzidas e enviadas a partir de contas criadas exclusivamente para essa finalidade. Para dificultar o rastreamento, o autor utilizou VPN (rede privada virtual), recurso que mascara a origem da conexão.
Mesmo assim, os investigadores conseguiram avançar por meio da análise detalhada dos registros de conexão, que permitiram rastrear o responsável pelos disparos.
Investigado já tinha histórico de ameaças na internet
As diligências levaram à identificação de um suspeito residente em Belo Horizonte (MG). Segundo a PF, ele possui antecedentes por condutas semelhantes e mantinha em sua posse simulacros de armas, além de objetos com simbologia extremista.
O conjunto de materiais apreendidos reforça, segundo os investigadores, a motivação ideológica por trás das mensagens enviadas às instituições de ensino.
Mandados cumpridos em Minas Gerais
A operação cumpriu dois mandados de busca e apreensão na capital mineira. As ordens foram expedidas pelo Juízo da Vara Federal Cível e Criminal da Subseção Judiciária de Barreiras, onde parte do caso foi registrada.
A Polícia Federal informou que o inquérito segue em andamento para aprofundar a análise do material apreendido e apurar eventuais conexões com outros investigados.
Em caso de condenação pelos crimes previstos na Lei Antiterrorismo, o suspeito pode pegar penas que ultrapassam 12 anos de prisão.
Jornal da Chapada














































