As articulações para o pleito de outubro continuam em todas as esferas da política nacional. As indefinições ganham destaque nos noticiários e apenas alguns retoques são realizados. Na Bahia, eram quatro chapas majoritárias, mas o Partido Verde já começa a ensaiar a quinta – com a possível candidatura da atual vice-prefeita de Salvador Célia Sacramento. Outro nome para a vaga é o do ex-deputado federal, Edson Duarte.
Esse debate dos verdes, entretanto, pode ter um contorno diferente, mesmo com candidatura à Presidência do ex-deputado federal Eduardo Jorge. A decisão da executiva nacional de lançar candidato pode não envolver o PV baiano que, segundo o presidente da legenda no estado, Alan Lacerda, continua debatendo com outras composições para as eleições no estado.
Lacerda diz, em contato com a Tribuna, que o fato de se ter uma candidatura nacional não quer dizer que se terá uma estadual automaticamente. “Se o projeto nacional do PV estivesse ligado a algum partido, provavelmente isso se estenderia para os estados. Por exemplo, se nós tivéssemos um candidato apoiando Eduardo Campos, o mais natural seria apoiar Lídice. Se estivesse apoiando Aécio Neves, estaríamos apoiando o candidato que faz palanque para ele. A gente pode tanto ter um projeto próprio, quanto estar associado a qualquer candidatura que esteja posta”.
Já a vice-prefeita Célia Sacramento se mostrou receptiva sobre a possível candidatura ao governo da Bahia. “É, existe esta perspectiva, até porque eu estou à disposição do PV”. De acordo com Sacramento, ainda faltam debates internos para uma decisão. “[Não tem nada definido], a gente ainda vai ter que fazer uns debates internos. Na próxima semana, a executiva estadual vai se reunir para discutir”, confirma à Tribuna.
Questionada pela reportagem se sua candidatura estremeceria a relação entre os partidos de oposição ao governo Wagner, a vice-prefeita de ACM Neto disse que não e revelou que mesmo sendo candidata ela permanece no grupo de Neto. “Para mim está tudo bem. Não existe isso de sair da vice não. Porque a legislação permite que eu me afaste apenas, que eu me licencie e participe do processo eleitoral, e depois volto. Então não atrapalha nada. Se eu precisar viajar, o presidente da Câmara [Paulo Câmara – PSDB] assume”.
Ainda segundo Célia, em um possível segundo turno os verdes apoiariam a oposição. Ela diz também que abriu mão de ser candidata à Presidência. “Agora é aguardar a próxima etapa. Já existia essa posição, ou eu, ou Gabeira, ou Eduardo Jorge. Então, para o PV, no cenário, foi melhor eu abrir mão de sair. Agora eu não sei se o PV vai realmente lançar candidatura no estado, provavelmente sim, porque se vai ter candidato nacional, é possível que tenha estadual. Mas ainda não se conversou nada, não tem nenhuma posição assim definida”, completa. Extraído da Tribuna da Bahia.