A taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) baiano é estimada em 3,5% em 2015, superior à expectativa brasileira, que deve ficar em 2,3%. O volume de recursos previsto para o orçamento do próximo ano é de R$ 35,7 bilhões. Esse cenário está descrito no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2015 entregue na manhã desta quarta (14) pelo secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, ao presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo. Essa perspectiva de crescimento da economia baiana, explica Gabrielli, está baseada na manutenção das baixas taxas de desemprego, no crescimento de renda da população e no aumento dos investimentos em atividades importantes para o Estado, a exemplo de mineração, energia eólica e infraestrutura. O secretário enfatizou também que a meta do Governo da Bahia é priorizar as ações na área social.
O consumo interno, estimulado pela melhor distribuição de renda, é destacado como outro importante vetor de crescimento do Estado, intensificando também os processos de desconcentração espacial da renda. Estes fatores são apontados como grandes impulsionadores da desconcentração territorial do PIB baiano nos próximos anos. Para 2014, a estimativa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) baiano, é de 3,3%.
Esses resultados, segundo o secretário do Planejamento, decorrem da perspectiva de investimentos públicos e privados aliado à expansão do consumo, que gera uma expectativa de forte crescimento na geração de emprego e renda na Bahia em 2015. De acordo com os estudos que constam do documento, “os programas de investimento na Bahia deverão ser intensificados, com a construção de grandes obras de infraestrutura e mobilidade assistidas pelos investimentos dos PAC 1 e 2 na Bahia, além da prioridade do Estado aos programas de infraestrutura logística, com investimentos em ferrovias, portos e aeroportos, entre outros empreendimentos privados como o Polo Acrílico (BASF) e o Polo 2 de Julho (Enseada do Paraguaçu e São Roque), que trarão significativos impactos sobre o setor produtivo e o comércio exterior baiano nos próximos anos”.
Segundo Gabrielli, em termos regionais, “a perspectiva de crescimento da economia baiana está baseada na continuidade das políticas desenvolvidas nos últimos anos, com atração de recursos e de investimentos, viabilizando as condições necessárias para a sustentabilidade do crescimento da economia estadual”. O deputado Marcelo Nilo destacou a importância da PLDO e informou que o documento segue para a Comissão de Constituição e Justiça. “Essa é uma peça fundamental para os destinos da Bahia, pois define as prioridades para o orçamento. Por isso, terá prioridade de tramitação”, assegurou.
Em 2013, de acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), o crescimento da economia baiana foi determinado pelo desempenho dos setores industrial e de serviços. O primeiro teve uma expansão de 4,2%, devido à boa performance da indústria de transformação. Já o segundo, o de serviços, teve um crescimento de 2,5%. Esta alta está atrelada ao incremento do setor de transportes e do comércio. Em contraponto, o setor agropecuário contribuiu negativamente com 3,9%, em decorrência da seca e do desempenho da produção de algumas culturas do estado, como soja e algodão, comprometidas por pragas.