O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados se reúne na quarta-feira (28) para apresentação e votação do parecer preliminar do deputado Marcos Rogério (PDT-RO), relator do processo contra o deputado Luiz Argôlo (SD-BA). Ele é acusado de envolvimento com negócios do doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato, da Polícia Federal. O pedido de investigação contra Argôlo foi apresentado pelo Psol e pela Mesa Diretora com base em reportagens da revista Veja e do jornal Folha de S.Paulo que citam mensagens trocadas entre o doleiro e o deputado sobre a transferência de R$ 120 mil para a conta do chefe de gabinete do parlamentar, Vanilton Bezerra. De acordo com a Folha, Argôlo também teria recebido do doleiro dois caminhões de gado.
O pedido da Mesa Diretora foi aprovado pela Corregedoria Parlamentar e recomenda a perda de mandato de Argôlo. A representação analisada pela Corregedoria foi proposta pelo líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), em razão de fatos relatados em reportagem da revista Veja (edição de 23 de abril de 2014) sobre a possível entrega de dinheiro intermediada pelo doleiro no apartamento funcional ocupado pelo deputado. Os dois processos devem ser apensados. A assessoria de Argôlo disse que ele só falará sobre o assunto quando for chamado pelo conselho.
O relatório preliminar aponta a existência ou não de indícios suficientes para dar continuidade ao processo por quebra de decoro. Caso seja aprovada a continuidade, será aberto prazo para o relator colher testemunhos e documentos para o relatório final, que poderá sugerir a perda do mandato ou outras medidas disciplinares. As informações são da Agência Câmara.