Dois deputados federais envolvidos em escândalos e que foram alvo de um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara tentam a reeleição no pleito de outubro. A deputada Jaqueline Roriz, filha do ex-governador Joaquim Roriz, foi condenada em segunda instância por improbidade administrativa na última quarta-feira por um esquema que ficou conhecido como mensalão do DEM no Distrito Federal. Roriz foi flagrada em um vídeo recebendo dinheiro do delator do esquema, Durval Barbosa, que afirmou ter entregue o dinheiro cumprindo ordens do ex-governador José Roberto Arruda (PR) em troca de apoio para campanha eleitoral de 2006.
No entanto, a candidatura de Jaqueline à Câmara dos Deputados deve ser mantida porque a condenação ocorreu depois de 5 de julho, data-limite para registro dos candidatos na Justiça Eleitoral. Outro candidato considerado ficha-suja é o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA), que está sendo investigado pelo envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso no mês de março com deflagração da operação Lava Jato sob acusação de comandar um esquema bilionário de lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, Argôlo e Youssef trocaram 1.411 mensagens de celular no período entre 2013 e 2014.
De acordo com a Polícia Federal, o celular usado por Argôlo está registrado em nome da Câmara. As investigações apontam ainda para o uso de uma verba que o parlamentar usou com despesas de hotéis e passagens aéreas para encontrar Youssef. Luiz Argôlo teria ainda solicitado dinheiro ao doleiro para pagar gado na Bahia. O processo contra Argôlo por quebra de decoro ainda segue no Conselho de Ética na Câmara, que pode recomendar ao plenário sua cassação. Extraído do site Política Livre.