Mais de 250 famílias e militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) continuam acampados na Fazenda Camapuã, no município de Baixa Grande, na região da Chapada Diamantina. A ocupação da área de 2,6 mil hectares aconteceu no último dia 25 de julho e, neste período, as famílias vindas de diversas cidades da região se unem na construção de barracos – enquanto espera por uma decisão do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
“Temos muitos trabalhadores e trabalhadoras do campo nesse município que sofrem com a desigualdade social, por isso reivindicamos e ocupamos. Esta área é totalmente improdutiva e estamos na luta para que o Incra venha vistoria-la”, declara Luciano Pereira, um dos dirigentes estaduais do movimento e coordenador da Brigada Zacarias, com jurisdição em mais de 16 municípios da Chapada. Segundo Pereira, “o MST empenha-se para que a terra seja livre e nas mãos de quem nela trabalha”.
Vale salientar que o clima no acampamento ainda é de organização, com a realização de duas assembleias diárias com a finalidade de organizar uma infraestrutura mínima para a ocupação. Nestas assembleias são formadas as comissões que irão atuar em setores diferentes como educação, infraestrutura, esporte, cultura, lazer, segurança, saúde e comunicação.
Jornal da Chapada