A Relação Anual de Informações Sociais (Rais) registra que, em 2013, houve acréscimo de 58.286 empregos formais na Bahia em relação ao ano anterior. O resultado representa aumento na geração de vagas de 2,58% e fez o estoque de postos de trabalho alcançar 2.314.907 ao final de 2013. Além do saldo positivo no número de empregos, o rendimento real médio do trabalhador baiano cresceu 2,81%, passando de R$ 1.798,82, em 2012, para R$ 1.849,28, em 2013.
Entre os setores de atividade econômica, cinco apresentaram saldos positivos no ano passado – comércio, com 18.097 postos, serviços (16.084), administração pública (11.820), construção civil (10.620) e serviços industriais de utilidade pública (2.885). Registraram perdas, quando se observa os estoques de 2012, o setor de extrativa mineral (saldo negativo de 578), indústria de transformação (383) e o setor de agropecuária, extrativa vegetal, caça e pesca (259).
De acordo com informações da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), em termos relativos, o setor de serviços industriais de utilidade pública apresentou a maior variação (+14,86%), seguido de construção civil (+6,60%) e de comércio (+4,23%). Já o pior desempenho relativo ficou por conta do setor de extrativa mineral (-3,43%).
Nível de escolaridade
O acréscimo do número de emprego foi mais expressivo entre os trabalhadores com ensino superior completo (+35.176) e ensino médio completo (+47.970). A variação negativa foi encontrada em postos de trabalho com menor grau de instrução – diminuição de 6.879 postos entre pessoas com ensino fundamental completo, menos 9.867 entre trabalhadores com ensino fundamental incompleto e redução de 4.299 postos no grupo de pessoas com nível superior incompleto.
O diretor de Pesquisas da SEI, Armando Castro, avalia o resultado como positivo para o estado em termos absolutos. “Foi positivo especialmente porque o estado apresentou acréscimo no número de trabalhadores, sendo o setor de comércio o de melhor desempenho. Além do mais, houve crescimento relativo do grau de instrução do trabalhador e crescimento da remuneração média do trabalho formal na Bahia em 2013” . O rendimento real médio do trabalhador baiano cresceu (+2,81%), ficando maior que a do Nordeste (+2,59%)) e menor que a do Brasil (+3,18%).