“Estímulo, apoio e regulação são funções do estado, que não devem atrapalhar as ações da iniciativa privada”, afirmou o candidato a governador, Paulo Souto, da coligação “Unidos pela Bahia”, durante encontro com o setor da construção, na segunda-feira (25), na sede do Sinduscon. No caso de eleito, ele pretende realizar uma gestão transparente, participativa e melhorar o ambiente baiano de negócios, que, acredita, depende da atitude do governo. Para tanto, Paulo Souto apresentou seu plano de modernizar e descentralizar a gestão, com a criação de unidades administrativas nas regiões Oeste e Extremo Sul, reequilibrar as finanças públicas, criando condições para elevar a taxa de investimento do estado, bem como desburocratizar com o avanço do governo eletrônico.
“A Bahia perdeu competitividade nos últimos anos. Caiu de 9° para 13° lugar no ranking nacional. Isso se deveu a uma série de fatores, que incluem não só condições de infraestrutura, logística, segurança jurídica, mas também a deterioração dos serviços públicos, como a segurança pública”, observou Paulo Souto, garantindo trabalhar para reverter esse quadro. Questionado sobre a baixa eficiência do estado, o candidato a governador admitiu o fato e disse que os exemplos se espalham por toda a Bahia. “Nas viagens ao interior, tenho visto obras inacabadas e até mesmo construídas, mas sem operar, como o caso de uma imensa Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Macaúbas, que, apesar da necessidade da população, permanece fechada”.
Paulo Souto citou ainda o fato de equipamentos comprados para uso nos centros de comunicação da polícia que estão encaixotados desde 2007, quando poderiam estar dando mais eficiência às ações de segurança pública do governo estadual. “Se não houver avanços na eficiência do estado, qualquer esforço será desperdiçado”, comentou. No caso específico do setor da construção, Paulo Souto admitiu a reivindicação dos empresários para discutir pontos polêmicos da lei estadual de licitações e a reavaliação do Qualiop, programa de qualidade de obras públicas. “Se eleito, a minha disposição é estabelecer um diálogo construtivo e transparente”, asseverou.
O candidato a governador aproveitou e expôs também propostas gerais de seu plano de governo, como projeto para a infraestrutura turística, ações de desenvolvimento do semiárido, a restauração e a construção de novas estradas de interligação de regiões da Bahia, e a criação da controladoria estadual para acompanhar o desempenho do governo.