Confiante que a eleição será decidida de forma favorável a sua chapa logo no primeiro turno, o governista Rui Costa (PT), em entrevista exclusiva à Tribuna, falou de tudo: movimentação da reta final, campanha presidencial e o envolvimento de seu nome no escândalo do Instituto Brasil. O petista se defendeu, disse que é inocente e que não teve seu nome relacionado ao caso de forma oficial, com provas, e preferiu não tecer comentários sobre as recentes declarações do senador Walter Pinheiro (PT) que confirmou envolvimento de Dalva Sele (denunciante) com o PT. Rechaçou o caso e disse que os dias decisivos da campanha não podem ser centrados neste assunto e sim naquilo que apontou como propostas “para a melhoria da vida do cidadão, pensando no futuro”.
O petista disse ainda que a insistência em comparar as realizações dos dois governos Wagner com os governos do seu adversário, do DEM, vai ajudar a chapa governista a ganhar a eleição. “Não tenho dúvida que ganharemos no dia 5. Essa convicção minha aumentou com o desespero deles. Essa operação de disseminação de mentiras que eles fizeram é a típica ação dos desesperados, de quem não tem argumento”. Rui nega ainda que o partido esteja passando por dificuldades e que o ciclo petista no poder esteja encerrado. E finaliza apostando na vitória do seu companheiro de chapa ao Senado, Otto Alencar.
Tribuna da Bahia – Como avalia a disputa até agora e qual a estratégia para a reta final de campanha?
Rui Costa – Eu avalio o crescimento das ruas como extraordinário. Se eu for olhar só esses últimos dias, nós tivemos em seis cidades no domingo, com sol a pino, e uma multidão nos esperando nas praças de cada uma das localidades. Eu fui a Cruz das Almas, por exemplo, com uma chuva torrencial, à noite, e a população estava lá. Em Jacobina, outro lugar, há mais de 10 anos, nem Wagner fez um comício de governador por lá e o povo nos acompanhou. Em Feira de Santana, com Dilma, foi uma apoteose, e parecia micareta na rua. Eu estou feliz, alegre e confiante que vamos vencer a eleição logo no dia 5, e isso está me dando muito energia para fazer esses próximos dias mais corridos ainda.
Tribuna – Como encara a denúncia feita pela diretora da ONG Instituto Brasil e que atinge frontalmente sua candidatura e a de deputados da base?
Rui – Eu encaro essa situação como uma grande farsa eleitoral, um crime eleitoral e, sendo assim, entrei no Ministério Público Federal, tudo formalizado e protocolado, com um pedido de apuração do caso. Ingressei no Ministério Público Estadual, na Polícia Federal com pedidos de apuração e, também, dei entrada com um processo criminal contra a revista, o repórter, a denunciante e também todo e qualquer veículo que fizer a acusação. Vou processar na Justiça. Todas essas denúncias são falsas e têm motivo meramente eleitoreiro. Quero chamar atenção dos homens e mulheres de bem da Bahia que esse tipo de prática, dos poderosos que tentam destruir a imagem de pessoas mais simples, isso foi usado muito, ao longo da história da Bahia, pelos antigos coronéis. Eu não vou me intimidar. Não adianta o dono da TV, o dono do jornal, os amigos do dono da revista tentarem me intimidar. Posso ser simples, pobre, mas nunca me intimidei, nem quando criança e adolescente, quando humilhado quando vivia numa encosta na Liberdade, nem quando virei sindicalista e muito menos agora. Vou enfrentar e processarei todos. Repito: a informação é mentirosa e caluniosa.