A vitória do petista Rui Costa nas urnas para o governo do estado ainda mantém a sua futura base com maior correlação de forças na Assembleia Legislativa, podendo ultrapassar o atual leque de apoios. A coligação PT, PSD, PP, PDT e PR, mais o PCdoB, aliado histórico, somam 33 cadeiras, mais da metade do número de assentos no parlamento. Porém a expectativa é que esse número se eleve, levando em conta que o PSB, de Lídice da Mata, e seu aliado, o PSL, que emplacaram três cadeiras, retornem ao grupo e possivelmente quase iguale ao da atual legislatura, que somam 37 apoiadores. Isso sem contar os partidos que transitaram para a oposição, mas que participam da base aliada do governador Jaques Wagner (PT), leia-se PRB e PSC, que somaram quatro vagas.
O PT, como era de se esperar, sai na frente com 11 assentos, perdendo, no entanto, quatro. O PSD, liderado pelo senador eleito, Otto Alencar, permanece na segunda colocação, com oito cadeiras – passou de nove para oito. O PDT, por sua vez, saltou de quatro para cinco cadeiras. O PP não altera o número de representantes. Permanece com cinco eleitos, sendo três estreantes. O PCdoB permanece com três vagas, enquanto o PR mantém Reinaldo Braga. O PTB não conseguiu eleger nenhum representante.
No campo oposicionista, a situação se os prognósticos forem confirmados, pode cair para 21 deputados em sua base. O DEM caiu de sete para seis deputados, porém PMDB e PSDB ganharam uma nova cadeira: os peemedebistas são seis e os tucanos três a partir de janeiro. PV e PRP também ampliaram sua presença na Assembleia, agora com duas cadeiras cada. O PTN manteve as mesmas três vagas, enquanto o recém-criado PROS conquistou uma.
MAIS VOTADOS
O atual presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), que chegou a tentar pleitear a Governadoria e que em seguida se contentou com a possibilidade fracassada de ser escolhido pelo governador como vice de Rui Costa, sendo preterido mais uma vez, se saiu bem ao apostar todas as fichas na renovação do mandato no Legislativo. No comando da máquina do Parlamento, Nilo soube articular a grande votação, sendo o campeão de votos para a cadeira na Casa, sendo o escolhido de 148 mil eleitores. Com essa votação, cresce a possibilidade de que ele queira disputar o quinto mandato como presidente, com o apoio do novo governador.
Na segunda colocação, o Pastor Sargento Isidório (PSC), conhecido pelos posicionamentos polêmicos, surpreendeu pela quantidade de votos, obtendo mais de 123 mil votos. Um dos fortes adversários do governo, sendo o líder das greves da Polícia Militar, o vereador Soldado Prisco (PSDB), também foi uma das surpresas pelo total de votos conquistados: 108 mil. No quesito renovação, esse número chega a 21, com consequentes 42 reeleitos. O DEM demarca terreno com Paulo Souto, filho de Paulo Souto, que era deputado federal e decidiu buscar uma vaga na Assembleia Legislativa, seguido por Pablo Barrozo, o apadrinhado de ACM Neto, e Luciano Ribeiro. Na ala do PSD, a novidade ficou por conta de Robério Oliveira, forte liderança no município de Barreiras. No PV estreiam Marcell Moraes e no PSB, de Lídice, Manassés e Fabíola Mansur. Entre os comunistas apenas Fabrício foi reeleito e terá como companheiros Zô e Raimundo Tavares Bobô.
Entre os pepistas permanecem apenas Aderbal Caldas e Luiz Augusto, que contam com o reforço de Eduardo Salles, ex-secretário de Agricultura, Antonio Henrique Júnior e Robinho. No PMDB, Hildécio Meireles, Alex da Piatã e Luciano Simões. No PT, Gika chega como novidade e Vitor Bonfim no PDT. Por fim, os ex-vereadores Alan Castro (PTN) e David Rios (PROS) e ainda Janio Natal (PRB), que também deixa a Câmara Federal, assim como Fábio Souto. Extraído da Tribuna da Bahia.