Foi lançado na terça-feira (14), no auditório do Hospital Roberto Santos, o Projeto Inclusão Social e Promoção da Saúde de Pessoas com Sofrimento Psíquico por meio de Empreendimentos Solidários no Campo da Saúde Mental. O lançamento aconteceu durante o Seminário Diálogos entre/com Operadores da Transformação em Saúde Mental, que marcou o Dia Mundial da Saúde Mental. Fruto de um contrato entre a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e Universidade Federal da Bahia, por meio do Instituto de Saúde Coletiva (ISC), o Projeto tem como objetivo desenvolver ações em economia solidária voltados para a inserção social de pessoas em situação de sofrimento psíquico.
A proposta é beneficiar 200 pessoas, a partir de um modelo emancipatório e autogestionário, por meio da incubação de empreendimentos solidários no campo da saúde mental. O projeto tem um investimento de R$ 705,9 mil. “A ideia é socializar este público. Por isso as oficinas são abertas para os familiares, para quebrar essa barreira do isolamento que eles enfrentam”, esclarece a coordenadora do Projeto, Mônica Nunes, professora do Instituto de Saúde Coletiva da UFBa.
Oficinas
Com uma equipe formada por psicólogos, terapeutas, cientistas sociais, design e diretor de teatro, o projeto pretende diversificar as atividades ofertadas. “Dentre as oficinas, vamos oferecer cursos de teatro e de moda. A pretensão é que esses empreendimentos sejam sustentáveis e tragam retorno financeiro”, conta a coordenadora.
Presente ao lançamento, o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, destacou “que o projeto vai oportunizar a inserção social dessas pessoas por meio do trabalho. Esse é um projeto piloto que estamos trabalhando na área de economia solidária, possibilitando novas perspectivas ao público atendido”.
O tema Trocas Econômicas Solidárias também foi pauta do Seminário. A mesa foi mediada pelo superintendente de Economia Solidária da Setre, Milton Barbosa, e contou com a participação de Genauto Carvalho França Filho, da UFBa, e de Leonardo Pinho, coordenador da Rede de Saúde Mental e Economia Solidária.