Depois de ter o apoio do PSD, o deputado estadual Marcelo Nilo (PDT) deu mais um passo para a reeleição ao quinto mandato na cadeira da presidência da Assembleia Legislativa ao ver consolidada oficialmente, ontem, a adesão de mais representantes ao seu projeto. Seis deputados que integram um novo bloco na Casa, PV, PSC, PRB e PR, se reuniram com o pedetista. Eles confirmaram o voto na eleição para a Mesa Diretora que vai acontecer em fevereiro. Nilo já teria a sinalização positiva de 45 parlamentares. O PT que ele esperava ter como aliado, apresentou postulante ao posto e a bancada de oposição ainda estaria em processo de discussão, já que alguns discordam da ideia de apoiá-lo automaticamente.
Leia também:
‘Bloquinho’ da Alba declara apoio à releição de Marcelo Nilo
O deputado ainda não tem o apoio também de Pastor Sargento Isidório (PSC), que colocou o próprio nome para a apreciação dos colegas. Os deputados Marquinhos Viana (PV), Sildevan Nóbrega (PRB), Vando (PSC) e Reinaldo Braga (PR) justificaram a escolha com o argumento de que o atual presidente realizou um bom trabalho no Parlamento, com a extinção do 14º e o 15º salários e a redução do recesso parlamentar, que antes era formalmente de 90 dias. O bloco reúne também José de Arimatéia (PRB) e futuramente Marcell Moraes (PV), que vai compor a legislatura 2015. O republicano Reinaldo Braga frisou que a parceria já teria sido fechada há algum tempo. Nilo já teria confirmado o apoio dos quatro deputados do PDT e do PCdoB. “Hoje foi só para oficializar”, afirmou.
A perspectiva é de negociação de lugares na Mesa Diretora, a partir da proporcionalidade indicada pelo Regimento Interno da Casa. Estaria nessa articulação a suposta força de Nilo, que busca dividir o bolo para agradar os seus “eleitores”. Ainda chancelaram a aposta em Nilo, representantes do PTN, PROS e PRP. Assinaram a lista de apoio do pedetista os deputados eleitos Jânio Natal (PRP), David Rios (PROS), Alex Lima (PTN) e Alan Castro (PTN). No grupo está também os reeleitos Jurandy Oliveira (PRP) e Carlos Geilson (PTN). Esse último compõem a bancada de oposição, que ainda não bateu martelo. Os oposicionistas se reuniriam ontem para fechar o documento, onde traçam premissas, entre elas o empoderamento da Mesa, com mais autonomia às funções como condição. Os deputados avaliam a possibilidade de caminharem com Nilo mais uma vez ou embarcarem na postulação de Rosemberg Pinto (PT), que teria feito algumas propostas.
Contudo, nos bastidores é certo que a alternativa maior será a de marchar com o pedetista. Eles já vêm há algum tempo conversando sobre a questão. Consta que a relação com Nilo seria de mais confiança, sem contar o acirramento natural existente com o PT. Nos corredores comenta-se que seria dá muito poder ao partido que já vai comandar o Poder Executivo Estadual. No grupo, há rumores de que o único que não votaria em Nilo é o vereador e deputado eleito Marco Prisco (PSDB), diante das relações de resistência criadas a partir da greve da Polícia Militar em 2011, quando o presidente autorizou o Exército invadir a Assembleia. Mas, cogita-se que Prisco também não vote no PT. Nesse cenário, a oposição ainda não tem pressa de anunciar o apoio ao pedetista que já garantiu a 1ª Secretaria da Mesa ao grupo. Extraído da Tribuna da Bahia.