O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) segue com a marcha da jornada de luta pela terra pelas ruas de Salvador, na manhã desta terça-feira (17), rumo ao Centro Administrativo da Bahia (CAB). Foram mais de 100 quilômetros percorridos em oito dias de caminhada de Feira de Santana até a capital baiana, onde acampa para aguardar o atendimento do governador Rui Costa. De acordo com o dirigente nacional do MST, Márcio Matos, a reunião com o chefe do Executivo acontece às 15h desta terça, na governadoria. “Abrimos as negociações com setores do governo e seremos recebidos ainda hoje por Rui Costa. A expectativa é que ele ajude a cumprir a pauta de reivindicação durante seu governo, com mais políticas públicas para o campo e ampliação dos projetos em curso na Bahia”, informa Matos.
Para o deputado federal Valmir Assunção, a intenção é manter e aumentar o diálogo com o governo e com a sociedade para avançar os debates a respeito da reforma agrária e por melhores condições de vida no campo. “A Bahia é o estado com o maior número de famílias sem terra. São mais de 50 mil debaixo da lona preta, que vivem em acampamentos às margens da estrada. A intenção é desapropriar terras e reconhecer os territórios como áreas de reforma agrária, além de estruturar os assentamentos já existentes com equipamentos públicos, como postos de saúde, escolas, fábricas de agricultura familiar, centros de economia solidária, e acesso a linhas de créditos”, aponta Assunção.
O parlamentar petista acredita que o governador Rui Costa ouvirá o movimento e fará as intervenções necessárias para “dar condições ao MST de continuar sua luta pela reforma agrária. Queremos garantir a função social da terra e cumprir o que está na Constituição Federal. O direito a terra é de todos os brasileiros”, completa.