Com o objetivo de conquistar novos mercados para exportação de carne suína, o Governo da Bahia está adotando uma série de medidas para que o estado obtenha a certificação internacional de Área Livre de Peste Suína Clássica (PSC), por meio da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri). A meta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é que 14 estados recebam o reconhecimento internacional até 2016.
A Bahia já é livre da doença, sem a necessidade de vacinação, desde 2001, quando recebeu o status nacional de livre para a Peste Suína Clássica, e agora está entre os estados que pleiteiam o reconhecimento internacional. Para isso, representantes da área de defesa sanitária animal dos estados e do Mapa se reuniram, na ultima semana, em Curitiba, para avaliar as ações realizadas em atendimento às exigências da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Na ocasião, os representantes da Adab apresentaram todas as ações executadas pela Bahia, a exemplo dos inquéritos soroepidemiológicos, vigilância ativa de granjas e criatórios, controle do trânsito, em propriedades de risco localizadas próximas as divisas com estados infectados, além da vigilância em suídeos asselvajados (javali e seus cruzamentos). Também estava presente na reunião o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa (DSA/SDA), Guilherme Marques.
Área de proteção
Segundo o diretor de defesa sanitária animal da Adab, Rui Leal, a Bahia terá papel fundamental neste processo, pois será o estado que vai dar proteção às demais unidades da federação que estão pleiteando o reconhecimento. “Vamos continuar cumprindo o compromisso de proteger a sanidade animal no estado e do Brasil. E vamos fazer o nosso dever de casa, adequando os postos de fiscalização, realizando as fiscalizações nas regiões com divisa com estados infectados e criando uma área de proteção contra PSC”.
Em abril, Bahia e Sergipe recebem uma auditoria do Mapa para verificar todas as barreiras sanitárias fixas localizadas na divisa com os estados de Alagoas, Pernambuco e Piauí, que são considerados infectados pelo vírus. Para o diretor-geral da Adab, Oziel Oliveira, a certificação ajudará no desempenho econômico, promovendo a geração de emprego e renda para os baianos e brasileiros.