Pela segunda vez na tarde desta quarta-feira (6), a sessão da Câmara dos Deputados que discute a MP (Medida Provisória) 665/14, que restringe o seguro-desemprego, teve de ser suspensa por cinco minutos após um tumulto envolvendo parlamentares. “Mulher que participa da política e bate como homem tem que apanhar como homem também”, gritou, no microfone, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), após um bate-boca entre Orlando Silva (PCdoB-SP), Roberto Freire (PPS-SP) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ). A confusão começou quando o deputado Orlando Silva solicitou que a Câmara verificasse as imagens do circuito de monitoramento para identificar as pessoas que jogaram dólares falsos no plenário.
Logo em seguida Roberto Freire deu duas batidas nas costas de Orlando Silva e questionou as palavras do deputado. Orlando reagiu gritando: — Tira a mão de mim. Jandira saiu em defesa do correligionário. Freire teria puxado o braço de Jandira o que gerou mais confusão ainda. Foi neste momento que Fraga gritou no microfone. Os ânimos ficaram exaltados e os parlamentares se dividiram em apoio a Jandira e a Fraga. A bancada feminina que acompanha a sessão protestou contra a fala do deputado Fraga gritando em coro: — Violência contra mulher / Não é o Brasil que a gente quer.
O presidente da Câmara, Deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspendeu a sessão por cinco minutos e tentou acalmar o colegiado. “Eu quero fazer um apelo para que a gente mantenha o debate político e evite esse tipo de coisa que está acontecendo no plenário”. Após a retomada da sessão, o deputado Roberto Freire pediu a palavra e se desculpou pela atitude. Na semana passada, os pronunciamentos de Fraga já haviam chamado a atenção durante reunião da comissão especial que discute a revisão do Estatuto do desarmamento. Na ocasião, ele pediu que a Taurus, empresa brasileira de armas, o financiasse. Extraído do Portal R7.