O restaurante de Alaíde do Feijão, no Pelourinho, será transferido para um novo local e terá reconhecimento como espaço cultural. A informação já foi confirmada pelo governo estadual, por meio das secretarias de Cultura (Secult-BA) e de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi-BA). Essa iniciativa teve o envolvimento direto do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) e apoio institucional do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), e participação da Fundação Pedro Calmon. Quem destacou a iniciativa foi o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que frequenta o local com assiduidade. Ele esteve na reunião que selou a efetivação do projeto, nesta segunda-feira (11), no atual espaço onde funciona o restaurante, na Ladeira da Ordem Terceira do São Francisco, no Centro Histórico de Salvador.
“O espaço será bem maior que o atual e será ainda um local para encontro de artistas, como já acontece, só que agora com maior conforto, mantendo a tradição e a história do restaurante, conhecida em todo o país e no mundo. A nova infraestrutura dará mais espaço para as manifestações culturais”, salienta Assunção. O novo restaurante ficará na Rua das Laranjeiras, nº 26, em prédio cedido pelo Ipac. Estiveram presentes na reunião desta segunda, além do deputado federal, a secretária da Sepromi, Vera Lúcia Barbosa, João Carlos de Oliveira, que será empossado como diretor-geral do Ipac, na próxima quarta-feira (13), o diretor-geral da Fundação Pedro Calmon (FPC), Zulu Araújo, o fundador e presidente do Ilê Aiyê, Vovô Ilê, e o assessor do Gabinete do Governador, Ivan Alex.
De acordo com o arquiteto João Carlos de Oliveira, “o objetivo é aplicar à Alaíde, um modelo piloto, para direcionar as novas ocupações do parque imobiliário sob a responsabilidade e propriedade do Ipac”. “[A intenção] é incentivar junto ao Ministério da Cultura que estas atividades sejam promovidas a pontos de cultura, permitindo sustentabilidade e continuidade de atividades que promovam a ocupação permanente do nosso parque imobiliário”. Para Alaíde, a luta por um novo espaço e por reconhecimento vem desde muito tempo. “Esse restaurante é frequentado por personalidades e formadores de opinião, mas hoje já não tem a estrutura adequada, não temos tanta segurança”.