Os trabalhadores de limpeza urbana da Bahia estão em período de negociação com as empresas contratantes para tratar da data base. Reuniões em Salvador debatem as garantias e melhorias salariais e mais condições de trabalho. A informação foi confirmada, nesta quinta-feira (21), pela coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza Urbana da Bahia (Sindilimp-BA), Ana Angélica Rabelo, que afirma que se as negociações não avançarem há a possibilidade da categoria parar suas atividades. “Maio é o período que debatemos sobre a data base e que consideramos fundamental para a continuidade do ano. Aguardarmos uma proposta real e que condiz com a atuação dos trabalhadores de limpeza urbana”, diz Rabelo. Nesta quinta, os trabalhadores voltam a se reunir com as empresas (JG Serviços) para retomar as negociações. Na quarta (20) os debates aconteceram na sede da Revita, com a participação de representantes da empresa e do sindicato. Já na sexta (22) e sábado (23) as reuniões serão na Torre e na Viva, respectivamente.
De acordo com o vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), as discussões devem avançar, até pelo fato do período que se encontra a capital, com as fortes chuvas. Conforme Suíca, as negociações vêm desde abril e mesmo em campanha salarial, os “trabalhadores têm ido na lama, porque têm compromisso com a cidade, com as pessoas. São trabalhadores que não só coletam e varrem, mas arriscam suas próprias vidas para salvar as dos outros, nos deslizamentos. Sabemos que neste momento temos uma grande responsabilidade com o problema da chuva, pois são os nossos trabalhadores que estão salvando vidas. Já tivemos várias rodadas de negociações com as empresas, com o consórcio, entregamos a pauta de reivindicação ao prefeito, e estamos acompanhando”.
Para Ana Rabelo, se ao final do período da chuva não houver um acerto nas negociações, os trabalhadores de limpeza urbana devem parar suas atividades. “Acreditamos que o tempo de debates está se findando, mas temos responsabilidades no trabalho e seguiremos atuando até o final das negociações”. O Sindilimp já começou a fazer assembleias informativas aos trabalhadores para tratar das negociações, apontando a importância deles no resgate de vidas, além da limpeza da cidade. “Eles sempre pensam na cidade, apesar de seus patrões não apresentarem uma proposta real. Mas acreditamos que até o final deste mês tenhamos uma resposta, e não vamos deixar a cidade na mão. Nossas reivindicações são aceitáveis pelos patrões, que são o ticket refeição, o ticket combustível para quem tem automóvel e motos, o vale transporte, o pagamento da assistência médica para os trabalhadores”, completa Suíca.